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domingo, 7 de outubro de 2012

Vou por uma estrada estranha

              E eu vou seguindo por uma estrada estranha, não a estrada asfaltada, a via rápida, a auto estrada, mas a estrada em que vou caminhando  com preguiça mas com ledice e pasmo. Não passo por tabuletas, nem por cidades, nem por outros caminhantes. Vou andando, acordado ou dormindo, de surpresa em surpresa, encontrando catedrais de sonhos, florestas de esperanças, festas de alegrias. Vou sem tropeçar, não sentindo o caminho, não sentindo a velocidade, não sentindo os obstáculos. Nas paragens sinto vibrações agradáveis, nos cruzamentos há pétalas pelo ar que me acariciam a cara e as distâncias são marcadas e provocadas por desejos antigos que recordo no meio de sorrisos de ninfas que, por vezes, me rodeiam, me dão as mãos e me conduzem para uma música que sempre oiço ao longe, tímbales suaves misturados com oboés graves inseridos numa música de fundo onde predomina o piano, acompanhado por acordes ténues de instrumentos metálicos.
              Onde vou chegar?

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