Começo a saber que não sei quem sou
Que aqui estando não sei onde estar
Sinto que de tudo o que passou por mim nada ficou
E que é provável que já não consiga amar
Tento o verso puro, tento sondar esta alma
Iludindo a poesia, desprezando a ilusão
Ver onde estou, ver com toda a calma
Esquecendo a vida, abandonando a razão
E se por vezes com alguma surpresa
Tropeço em mim, nesta realidade
Regressa-me o sentido da certeza
De que é bom viver a vida em qualquer idade
Sem comentários:
Enviar um comentário