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quarta-feira, 4 de junho de 2014

O disparate

              Disparates. Palavra cómica. Esse meu amigo dizia, tendo visto a minha namorada: que não era nenhum disparate, gabando a sua cara bonita, a sua elegância e graciosidade. Mas aquela minha tia rezingona não cessava de invectivar-me : "ó menino, não diga disparates!" uma vez que eu contava o que vira um galo fazer em cima duma galinha.  E eu, na pureza dos meus cinco anos -  a raiva que sinto por não a ter conservado nem saber recupera-la - eu que escutava resignado o raspanço e não compreendia porque no dia anterior o meu tio avô João se ria quando eu contava o mesmo, ria-se sempre do absurdo, do grotesco ou do insõlito que o meu disparate poderia conter. Enquanto essa minha tia só admitia um significado para cada palavra.
             

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