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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Tempo de mente activa

          Passamos mais ou menos  entre um terço e um quarto da nossa vida, dormindo. Ou seja, com a mente fechada, talvez o mesmo que sucedará de forma permanente, depois de morrermos. Isto não tem graça nenhuma, perdermos, se o nosso coração parar definitivamente ao fim de cento e vinte anos - o que será possível para as próximas gerações dos humanos, dados os avanços da ciência médica de conservação do nosso físico - perdermos quarenta anos de vida a dormir com a mente inactiva como que morta. Representa um grande desperdício de vida. Há um professor em Lisboa, catedrático na faculdade de direito e com outra ocupações intensas, que dorme, segundo diz e não temos razão para duvidar, apenas três horas por dia. É portanto um privilegiado que soube regular o seu cérebro, aproveitando dessa forma sete oitavos de vida por dia, muito mais do que os três quartos  do dia em que eu por norma me mantenho acordado.
Sinto-me como que roubado porque se vivermos, eu e ele, cento e vinte anos, eu, na realidade só terei vivido acordado, com a mente desperta, noventa anos e ele cento e cinco.
Tenho que remediar isto.

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