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sábado, 12 de julho de 2014

Apanho algumas conchas

Sou um mensageiro empedernido, sagaz e contundente
Embrenho-me nos espaços da minha ausência
Dou gargalhadas eliminando o tédio
E coleciono vaga-lumes nos meus bolsos
Mas antes abro uma garrafa dum bom carrascão
E desfaço todas as teias dos meus pesares
            Caminho descalço pela areia da minha praia
            Aspiro a brisa quente que o mar me oferece
            Apanho algumas conchas de cores suaves
             Leio a história daquele ser que a habitou
             Nela escrita pelas ondas, pela areia, pelos ventos
             E afago-as, tateando-as dentro dos meus bolsos
                             Sento-me e tento traduzir os sons do mar
                              Que o vento me traz com o seu olor forte
                              Fecho os olhos e reparo no passado
                              Que ele me revela, dessas conchas
                              Na garrafa, meto algumas delas e deito-a ao mar,
                              Quem tem saudade delas talvez as possam encontrar        

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