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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Entendam-me, se quiserem:

Aprende-se tudo o que não se pretende desaprender
Vira-se a casaca quando se despiu as calças
Pinta-se melhor a parede quando a parede não existe
Tempera-se a sopa com o prato dentro da panela
Enche -se o copo com a água do vinho
E vaza-se o copo quando não tem nada dentro
Vamos  fazer um cruzeiro num barco encalhado na rocha
E parte-se um prato para conversar com os cacos












Lemos um livro que conserva as páginas em branco
E viajamos no tempo parando o relógio
Cantamos uma ária que não tem partitura
E somos eleitos sem contar os votos
Partimos de avião ficando no chão
Chegamos a Paris porque Lisboa ficou com o Tejo
Meto dois dedos no nariz, apanho um choque eléctrico
E fecho a torneira da água da fonte












Prometo muito subindo à laranjeira
Colhendo lá em cima alface, coentros e piri-piri
Faço figas a uma galinha dentro da banheira
Roubando os ovos de dentro daquele armário
Acerto a conta dos partidos e dos que estão inteiros
Desfraldando a bandeira e rindo às bandeiras despregadas
Correndo e largando os calções na pista
Enquanto tu sorrias e me davas alpista

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