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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Num lago, em São Miguel

        Hoje, a vela trouxe-me à memoria um lago que visitei na ilha de  São Miguel, Açores.
        Voltei hoje a sentir o silêncio que ali imperava. E a sentir o mesmo que naquele dia, ali.
        O lago ocupa uma ´área inferior a meio quilómetro quadrado, tem a forma duma elipse voltada a sul  e nas encostas, uma floresta de criptomérias, árvores lindíssimas. Olhando para o cume à volta do lago, desde este até ao cimo todo o terreno ocupado com as criptomérias.
        Escutando aquele silêncio, parecia-me ouvir o sussurro das árvores, a sua conversa, as mensagens que aqueles milhares de árvores lançavam no espaço. Ali, à beira do lago, ficámos suspensos, pendurados naquele silêncio, atordoados com tanta beleza, estasiados com tanta serenidade.
        Não senti o tempo que ali passámos. Eu, senti-me transportado para o meio daquela floresta, senti com se estivesse diluindo-me, confundindo-me com aquelas árvores, quase ouvindo as mensagens que trocavam, sentindo a brisa que a agitação dos seus ramos me ofereciam, aspirando os seus mil aromas, ouvindo algumas vozes da fauna que sempre povoa as florestas. Não sai do mesmo lugar, à beira do lago, mas hoje lembro-me que me senti percorrer, ali suspenso,. toda a floresta.
       Até que o guia que nos acompanhava, nos veio chamar para seguirmos viagem. Havia passado ali uma hora e um quarto, só acreditei quando olhei para o relógio.

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