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domingo, 4 de janeiro de 2015

O que mais me interessa

O que mais me interessa são as coisas desinteressantes,
Desinteressantes para quase toda a gente
Como o oscilar duma folha da minha amiga palmeira
Como o intervalo entre as gotas da chuva
O que lá está, se serão os meus pensamentos ou os teus ódios
Porque a vida dos humanos deve ser uma coisa interessante
Para qualquer ser imenso daqueles que nos observam
E que por ser tão imensos não conseguimos vê-los.


Uma folha daquele hibiscos é um mundo vivo
Uma folha duma araucaria tem vida intensa
São mundos diferentes, noutra dimensão
Que ali estão sem nos perturbar,  sem nos ofender
Só o homem, muito menos a mulher,
Encontra prazer em ferir, decepar, matar,
Outros seres que aqui estão no nosso planeta,
Com o mesmo direito de aqui estar, que todos temos


Mas o criador de todos os universos
Decerto teve esta ideia das vidas diferentes
De todos os seres que aqui connosco colocou
Conjugada com a ideia de climas diferentes  
Dos que decidiu para outras estrelas e planetas
Não sei se terá chegado a algumas conclusões
Porque os milhões de anos para ele, dono do tempo,
São segundos pelo relógio do seu tempo  


Todavia, estou dia a  dia possuído de mais curiosidade
Por essas tais de grandes, divinas conclusões
Que provavelmente serão apenas confirmações
Do que sempre soube, sem necessidade de mais saber
Mas entre tudo o que ele criou em todos os universos
Entre as naturezas que implantou nas galáxias
Admiro-me que continue com toda a serenidade
A ver o filme que o ser humano aqui tem inscrito.

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