Há um silêncio invulgar, lá fora, na cidade, cortado a espaços por música rápida que parece cantiga de ventos breves enquanto o sol dardeja nos prédios, na rua, na minha amiga palmeira, tudo parecendo agradecer o seu calor, a luz que essa estrela nos oferece. Pelo meio desses sons vai a minha mente colhendo imagens, sons, reverberações, sinfonia da natureza pelo meio da aventura em que me embrenho. Não aparecem pássaros, nem sequer as gaivotas, paralisadas pelo frio, pouco atraídas pelo mar, pela praia, pelas rochas. Parece que o tempo se abre, que descobre os seus segredos, não fora os sons extemporâneos de algumas viaturas, sons que quebram esta placidez do primeiro dia do ano. Simplesmente diferente de todos os passados, sente-se que quer ser diferente de todos os futuros, dando-nos um presente que não parece querer ser passado nem vir do futuro.
Esta manhã tão curiosa do primeiro dia de 2015 !
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