Dia a dia, ano a ano, livro a livro, filósofo a filósofo, a muito custo na juventude, muito lento. muito hesitante dos trinta em diante, pouco persistente aos cincoenta, tenho aprendido, com suspresa crescente que, dar liberdade à alma, traz reais e profundas compensações. Quando temos vinte ou trinta anos, custa muito, custa mesmo muito, arrancar da alma pedaços do corpo que lhe estão agarrados como lapas à defesa. Custa muito encarar as preocupaçóes sem desassossego, ser indiferente a qualquer vício, raciocionar quando a tristeza nos ataca, tirar os problemas do corpo e passá-los para a busca racional de soluções, sentir a doença só no corpo porque este é matéria e a doença só ataca a matéria, só ataca a alma se esta ainda tem agarrada algum pedeaço da matéria do corpo.
Então a sabedoria aumenta, a serenidade invade-nos nas situações mais difíceis e começamos a encontrar cada dia menos situações difíceis.
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