Por detras daquela fachada do predio que eu avisto, cincoenta familias percorrem as suas vidas.
Levanto o tecto dum dos apartamentos do predio.A dona da casa repousa em sossego no sofa´ da sala enquanto o gato ronrona deitado a seu lado.A senhora nao consegue dormir atormentada com as contas a pagar, o marido que saiu porta fora sem dar cavaco, a preocupaçao com a torneira do lava louça que pinga pinga com um ploc ploc, que lhe massacra o cerebro, este meu marido tinha um amigo canalizador mas ja´nao tem, morreu, deu-lhe uma solipanta enquanto canalizava em casa da descarda da mina vizinha, o pior e´ que o marido nao entendeu que o dinheirito do dia nao chegou para mais favas, ficou com fome disse depois de comer as que eu lhe dei do meu prato, nao chegou para mais pao, para a garrafa do gaz, os da camara vieram ontem cobrar a renda, fiz de conta que nao ouvi a campainha, mas logo ali chegou este meu marido que se pos a discutir com o funcionario da camara...e em todos os apartamentos para onde olho deparo com problemas desta classe chamada de media baixa ou ainda duma media mais baixa, o homem eeta´ reformado vai para dez anos e ela tem de reforma metade do rendimento minimo garantido que mal chega para a renda, mas que o homem vai smpre receber e vai dali, usa aqueles miseros patacos como dinheiro de jogo, compra no supermercado dois pacotes de litro de tinto, um quilo de bananas e meio quilo de queijo de bola, chega a casa entrega o que sobra do minimo garantido, toma la´ mulher nao te esqueças de pagar a renda.
Decorrem assim, mais ou menos, as vidas daquelas cincoenta familias.
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