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segunda-feira, 4 de abril de 2011

pEgo numa peça

Pego numa peça da minha alma, deixo-a vaguear em liberdade, sigo a sua sombra no resto da minha alma, vejo-lhe os contornos, alcanço-a, reparo como mudou, o que me acrescentou, por onde se imiscuiu, por onde sondou, que segredos desvendou, ate´ onde nao foi. Vejo dum modo mais que perfeito as ilusoes que nao me quer comunicar, dum modo condicional as esperanças que teima em nao me conceder, dum modo conjuntivo como o da unha com a carne, como o da virtude com a castidade, como o da raiva com a ira. O que eu nao chego aperceber e´ porque as peças da minha alma me rodeiam como os lados dum poligono e quando passeiam para fora de mim gritam-me de muito longe, e eu aqui nao as oiço porque estou ouvindo-as la´, ou estou ouvindo-as em mi ou em re´, ou em fa´. Por favor vejam se sao capazes de pensar nisto, sem me agredir. Sao verdades como calcanhares. Com estas coisas nao se brinca Penso eu.

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