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quarta-feira, 26 de abril de 2017

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O doutor Frederico de Freitas e a esposa, aguardavam o casal no cais. A oferta do ramo de Anturiuns fora desse casal, casal amigo dum primo de Fernando, daquelas pessoas que oferecem sem exigências, com a naturalidade de quem se habituou a gostar de dar sem esperar retribuição.
A oferta multiplicou-se num passeio de automovel pela ilha, num explêndido almoço onde sobressaiu, como recordação inesquecivel, o aroma intenso e agradável dum vinho velho da Madeira. Durante a tarde, a Tari e o marido, percorreram a cidade, o Funchal, cumprindo a inevitavel descida turística duma rua íngreme, num carro trenó de patins ensebados, regressando ao por do Sol ao Uige, que pouco depois reiniciou a viagem para Angola.
Pela frente, oito dias de viagem até São Tomé, segunda escala antes de Angola, atravessando poucas horas antes da chegada, a linha imaginária do equador. Viagem monótona, sem tempestades, não é o mar que é bravo, os ventos é que o excitam, o irritam, lhe provocam ondas que o defendem dos ataques dos ventos, como uma indigestão não é culpa do estômago mas dos alimentos que lhe provocam as defesas. A única curiosidade nesses dias foi a observação de cardumes de peixes voadores, que, como os golfinhos, as baleias e outros, gostam de saltar para a atmosfera, acima do seu habitat aquático, procurando talvez, libertar-se do ambiente em que vivem, como as mulheres e os homens gostam de saltar, voando para a atmosfera, saindo para outros continentes ou procurando viajar para outros planetas, não contentes com aquele onde vivem, onde têm tudo para bem viver e que persistem em conspurcar com poluições de ordem diversa.

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