Entre os problemas e as ciências da célula, itaentretenho-me a escrever versos.
Versos sem rima, reflectem liberdade.
O acordo ortográfico é uma atentado à liberdade de milhões que amam a língua portuguesa.
Entre dois automóveis que por aqui passam, a minha amiga palmeirinha já chegou ao primeiro andar do prédio em frente. E agita as longas folhas recompostas, de contentamento por sentir que o que escrevo sobre ela.
Hoje, 31 do doze do dezasseis, vai-se sumindo mais um ano. Ainda ninguém investigou para onde os anos desaparecem.
A flexibilidade duma gerigonça iguala a relatividade duma coisa mansa. É como um calhambeque que é tão inutil como um pechisbeque.
Em qualquer lugar se pode encontrar a sabedoria.
A mulher e o homem, vestindo-se dos pés à cabeça, num milhão de anos perderam quase todo o pelo, cabelo e juízo..
Quase sempre, quem parte decidiu o destino e quem chega quase sempre sabe donde veio. Exceptuando as mulheres e os homens de menos de um ano de idade. Todavia, quando nascemos, nenhum de nós sabe de onde veio e durante a vida, para onde iremos quando a vida acabar.
comentários, poemas, situações e circunstâncias da vida, escrtos e da autoria do que escreve neste blog
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sábado, 31 de dezembro de 2016
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Alimentos das células - 4
O oxigénio que o sangue transporta, se for suficiente, chega às células de todos os organismos do corpo. As células utilizam-no para transformar os alimentos que recebem em energia - para se reproduzirem, para transmiti-la a todos os órgãos do corpo, que a necessitam para exercer as suas funções. Todas as células, todos os órgãos do corpo, necessitam de energia..
Dentro das células, o oxigénio entra em processo muito complicado de trocas, oxidando todos os compostos nutritivos auxiliados por processos enzimáticos muito complexos resultando na energia que todos os amimais, em particular os mamíferos, necessitam. Destas reacções, resultam anidrido carbónico e água que o sangue vai transportando até aos pulmões, onde são eliminados através da hematose e da expiração.
Será portanto, de fácil compreensão, o resultado, o efeito quase imediato de qualquer produto tóxico que ingerimos na alimentação, ou que introduzimos nos pulmões pela inspiração.
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Alimentos das células - 4
O oxigénio que o sangue transporta, se for suficiente, chega às células de todos os organismos do corpo. As células utilizam-no para transformar os alimentos que recebem em energia - para se reproduzirem, para transmiti-la a todos os órgãos do corpo, que a necessitam para exercer as suas funções. Todas as células, todos os órgãos do corpo, necessitam de energia..
Dentro das células, o oxigénio entra em processo muito complicado de trocas, oxidando todos os compostos nutritivos auxiliados por processos enzimáticos muito complexos resultando na energia que todos os amimais, em particular os mamíferos, necessitam. Destas reacções, resultam anidrido carbónico e água que o sangue vai transportando até aos pulmões, onde são eliminados através da hematose e da expiração.
Será portanto, de fácil compreensão, o resultado, o efeito quase imediato de qualquer produto tóxico que ingerimos na alimentação, ou que introduzimos nos pulmões pela inspiração.
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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Um celibatário ´
Não é um salafrário
É um solitário
Que eu não invejo
Não sou celibatário
Casei, há pouco
tempo,Não é um salafrário
É um solitário
Que eu não invejo
Não sou celibatário
Há umas dezenas de anos
Nunca me senti solitário
Nem que seja salafrário
Quando era celibatário
Nunca recebi salário
Nem me senti ordinário
Nessa outra condição
De não ser celibatário
Nunca me senti perdulário
Que tanto tu me tens dado
Que tanto tu me tens dado
Dessa riqueza imensa
Que me enche o coração
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
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Alimentar as células
Não obteremos de imediato tudo o que a prática da boa respiração pode proporcionar. Os efeitos começarão a sentir-se alguns dias depois, Aqui valerá muito a força de vontade, a perseverança, a teimosia de cada um, para conseguir bons resultados.
No passeio diário devemos exercitar a respiração, insistir nela quando nos deitamos, o que contribuirá para mais depressa adormecermos. Reparem que durante um dia inspiramos e espiramos entre catorze e dezasseis mil vezes. Nada vos custará fazer exercícios de respiração, durante pelo menos meia hora por dia, inspirando e expirando cerca de vezes. Pensem que a recuperação da vossa capacidade pulmonar aumentará a vossa esperança de vida, todos os vossos organismos do vosso corpo - bexiga, rins, pulmões, coração , pele, ossos, etc. - obterâo para as suas células um melhor abastecimento de oxigénio, (que foi, insensivelmente, diminuindo ao longo da vossa vida), resultando no futuro, em menos achaques, menos doenças, menos torturas, menos idas ao médico, menos compras na farmácia.
E confirmem o que disse, perguntando ao vosso médico e consultando a internet.
Mas os vossos triliões de células necessitam de outros alimentos, e de água.
Continuaremos num dia próximo.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
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Os alimentos das células - 2
Não pretendo que o que estou escrevendo ou antes, digitalizando no computador, o que recordo sobre alimentos das células do corpo humano, seja um tratado exaustivo sobre o assunto. Estou expondo o que sei e que julgo que é importante para as nossas vidas na Terra. Apresentarei decerto muitas imprecisões, talvez alguns erros, (que muito apreciaria ver corrigidos pelos leitores). Todavia,
o que me .importa e mais pretendo, é levantar a curiosidade, o interesse e a atenção dos que leem o que exponho para um assunto que julgo ser vital . Para mais precisão, para completar ou melhorar o conhecimento sobre o assunto, a ciência dispões de inúmeras publicações que, com facilidade poderão ser consultadas em qualquer biblioteca. E mais, também apresento o que sei, no meu blog e no FB para, de vez em quando, o recordar. A memória de qualquer um de nós, é limitada e por vezes avara em recordar o que queremos lembrar.
Continuemos o que ontem disse aqui.
Dado que todos podemos constatar que, com a idade, a pouco e pouco, com lentidão, vamos perdendo capacidade pulmonar, aos cinquenta, sessenta, mesmo aos oitenta ou noventa anos de vidas, é sempre boa altura para procurarmos inverter essa tendência, essa perda. E portanto, a prática de exercícios de respiração deverá passar a ser diária. Aumentando-os e praticando-os todos os dias, aproveitando os vossos passeios diários, os vossos tempos de meditação, os minutos antes de adormecer, os minutos depois de acordar, etc.. Inspirando e respirando.
Inspiração - a maior parte de todos nós observou um bébé ou uma criança, quando dorme de barriga voltada para cima. Notámos que, quando inspirava, elevava a barriga,. baixando-a quando expirava. Durante alguns minutos façamos o mesmo, várias vezes ao dia. Com um pouco de persistência, ao fim de alguns dias começaremos a notar que o fazemos automaticamente. E estaremos a aumentar a hematose (a absorção do oxigénio pelo sangue, nos pulmões) todos os dias e a aproximar-nos dos benefícios da respiração em grau mais próximo do que obtínhamos, muitos anos antes. Aparece mais cor na face, sentimo-nos melhor.
Amanhã continuaremos.
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Os alimentos das células - 2
Não pretendo que o que estou escrevendo ou antes, digitalizando no computador, o que recordo sobre alimentos das células do corpo humano, seja um tratado exaustivo sobre o assunto. Estou expondo o que sei e que julgo que é importante para as nossas vidas na Terra. Apresentarei decerto muitas imprecisões, talvez alguns erros, (que muito apreciaria ver corrigidos pelos leitores). Todavia,
o que me .importa e mais pretendo, é levantar a curiosidade, o interesse e a atenção dos que leem o que exponho para um assunto que julgo ser vital . Para mais precisão, para completar ou melhorar o conhecimento sobre o assunto, a ciência dispões de inúmeras publicações que, com facilidade poderão ser consultadas em qualquer biblioteca. E mais, também apresento o que sei, no meu blog e no FB para, de vez em quando, o recordar. A memória de qualquer um de nós, é limitada e por vezes avara em recordar o que queremos lembrar.
Continuemos o que ontem disse aqui.
Dado que todos podemos constatar que, com a idade, a pouco e pouco, com lentidão, vamos perdendo capacidade pulmonar, aos cinquenta, sessenta, mesmo aos oitenta ou noventa anos de vidas, é sempre boa altura para procurarmos inverter essa tendência, essa perda. E portanto, a prática de exercícios de respiração deverá passar a ser diária. Aumentando-os e praticando-os todos os dias, aproveitando os vossos passeios diários, os vossos tempos de meditação, os minutos antes de adormecer, os minutos depois de acordar, etc.. Inspirando e respirando.
Inspiração - a maior parte de todos nós observou um bébé ou uma criança, quando dorme de barriga voltada para cima. Notámos que, quando inspirava, elevava a barriga,. baixando-a quando expirava. Durante alguns minutos façamos o mesmo, várias vezes ao dia. Com um pouco de persistência, ao fim de alguns dias começaremos a notar que o fazemos automaticamente. E estaremos a aumentar a hematose (a absorção do oxigénio pelo sangue, nos pulmões) todos os dias e a aproximar-nos dos benefícios da respiração em grau mais próximo do que obtínhamos, muitos anos antes. Aparece mais cor na face, sentimo-nos melhor.
Amanhã continuaremos.
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
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Os alimentos das nossas células
O corpo dum humano de estatura media, tem mais de três biliões de células. Cada uma delas, para sobreviver e reproduzir-se necessita de alimento, água e oxigénio. A carência de qualquer um destes três elementos traduz-se em consequências graves para as células, impedindo-as de bem exercer, no corpo e no órgão onde estão inseridas, a sua missão. E ao longo da vida do corpo, os hábitos, os costumes, as tradições, os vícios, as contrariedades e dificuldades, a pobreza e outros factores, contribuem com frequência que algum ou alguns desses três elementos rareiem ou estejam ausentes na alimentação das células.
O oxigénio é o elemento que, com a idade do corpo, mais vai rareando. , Um humano de vinte anos, que levou vida saudável, poderá, com facilidade ter pulmões com um volume total de cinco ou mais litros. O mesmo individuo, com oitenta anos e que continuou com vida saudável, terá menos de dois litros, se a sua actividade física for normal e se nada fizer para contrariar a perda de volume pulmonar. Que se constata porque, ao longo da vida, insensivelmente, centímetro cúbico a centímetro cúbico, diminuirá nesses sessenta anos de vida, a capacidade pulmonar para míais ou menos de metade e isso se não é fumador nem tem outros vícios prejudiciais para a saude, se não vive em ambientes poluídos, se faz todos os dias , um mínimo de exercício físico. Portanto, aos vinte anos de idade, o corpo inspira à volta de duzentos e quarenta litros de ar por minuto contendo cerca de quarenta e oito de oxigénio; e aos oitenta anos, de não mais de vinte e quatro litros de oxigénio.
Muitas células, de diversos organismos, terão de sofrer. Poderá ser o fígado, o estômago ou outro, mas algum terá muitas células em dificuldades, algum apresentará, cedo ou tarde, alguma anomalis.
Então, o que fazer?
Amanhã responderei.
Os alimentos das nossas células
O corpo dum humano de estatura media, tem mais de três biliões de células. Cada uma delas, para sobreviver e reproduzir-se necessita de alimento, água e oxigénio. A carência de qualquer um destes três elementos traduz-se em consequências graves para as células, impedindo-as de bem exercer, no corpo e no órgão onde estão inseridas, a sua missão. E ao longo da vida do corpo, os hábitos, os costumes, as tradições, os vícios, as contrariedades e dificuldades, a pobreza e outros factores, contribuem com frequência que algum ou alguns desses três elementos rareiem ou estejam ausentes na alimentação das células.
O oxigénio é o elemento que, com a idade do corpo, mais vai rareando. , Um humano de vinte anos, que levou vida saudável, poderá, com facilidade ter pulmões com um volume total de cinco ou mais litros. O mesmo individuo, com oitenta anos e que continuou com vida saudável, terá menos de dois litros, se a sua actividade física for normal e se nada fizer para contrariar a perda de volume pulmonar. Que se constata porque, ao longo da vida, insensivelmente, centímetro cúbico a centímetro cúbico, diminuirá nesses sessenta anos de vida, a capacidade pulmonar para míais ou menos de metade e isso se não é fumador nem tem outros vícios prejudiciais para a saude, se não vive em ambientes poluídos, se faz todos os dias , um mínimo de exercício físico. Portanto, aos vinte anos de idade, o corpo inspira à volta de duzentos e quarenta litros de ar por minuto contendo cerca de quarenta e oito de oxigénio; e aos oitenta anos, de não mais de vinte e quatro litros de oxigénio.
Muitas células, de diversos organismos, terão de sofrer. Poderá ser o fígado, o estômago ou outro, mas algum terá muitas células em dificuldades, algum apresentará, cedo ou tarde, alguma anomalis.
Então, o que fazer?
Amanhã responderei.
sábado, 24 de dezembro de 2016
Só
O mar não é inimigo
O não é inimigo dos barcos
É inimigo dos homens
Que vão nos barcos, a navegar,
E que deitam lixo no mar.
Mas os barcos não têm culpa
Do que os homens deitam no mar
A mulher, se deita algo no mar,
Só deita cinzas ou flores,
Para sentir ou celebrar
O que quer recordar
Porque sabe que o mar
As sempre guardará
Fingimentos
Que coisa mais absurda
Dizer que uma coisa é preta
De cor preta, negra, azeviche, carvão,
Dizer que uma coisa é preta
De cor preta, negra, azeviche, carvão,
Eu sei cá lá que mais.
Mas no liceu ensinavam-nos
Que o branco é soma das cores
E o negro ausência delas
Então é cor ou não é?
Dizem: pintaram-me de negro a parede
Pintaram-na duma cor ou não?
Se é assim que falamos, então
Quando digo que barra é de ferro
É de ferro ou não é?
E se o ferro é preto, não tem cor?
Mas isto que escrevi não é verso?
Será poesia se não tem verso?
Ou serão versos sem poesia?
Pessoa teve razão: um poeta é um fingidor,
Finge que às vezes escreve versos,
Versos que nem versos são
Mas no liceu ensinavam-nos
Que o branco é soma das cores
E o negro ausência delas
Então é cor ou não é?
Dizem: pintaram-me de negro a parede
Pintaram-na duma cor ou não?
Se é assim que falamos, então
Quando digo que barra é de ferro
É de ferro ou não é?
E se o ferro é preto, não tem cor?
Mas isto que escrevi não é verso?
Será poesia se não tem verso?
Ou serão versos sem poesia?
Pessoa teve razão: um poeta é um fingidor,
Finge que às vezes escreve versos,
Versos que nem versos são
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Tanta
conversa fiada
Tanta patacoada armada
Tanta tinta escorrida
Tanta retórica sofrida
Será que no teu país
Minha amiga que me lês
Também lá tens quem só escreve
Não com as mãos mas com os pés?
Deus escreve direito com linhas tortas
Parece-me que a Biblia assim reza
Para mim não há horas mortas
Em que escreva o que me desinteressa
Com um poucochito de humor
Vou oferecer-vos um exemplo
Para que apreciem o valor
Do que às vezes oiço e contemplo:
Uma esfera, meus senhores, uma esfera
É um objecto redondo, liso,
Fora dela tudo existe
E por dentro, notem bem
Pode ser também de tudo
Feita de qualquer material
Que quem a fez num momento
Para ser um rolamento
Uma bola,
Tanta patacoada armada
Tanta tinta escorrida
Tanta retórica sofrida
Será que no teu país
Minha amiga que me lês
Também lá tens quem só escreve
Não com as mãos mas com os pés?
Deus escreve direito com linhas tortas
Parece-me que a Biblia assim reza
Para mim não há horas mortas
Em que escreva o que me desinteressa
Com um poucochito de humor
Vou oferecer-vos um exemplo
Para que apreciem o valor
Do que às vezes oiço e contemplo:
Uma esfera, meus senhores, uma esfera
É um objecto redondo, liso,
Fora dela tudo existe
E por dentro, notem bem
Pode ser também de tudo
Feita de qualquer material
Que quem a fez num momento
Para ser um rolamento
Uma bola,
Ou um frasco de
condimento
De suprema ou minúscula inspiração,
Resolveu que ela seja
De suprema ou minúscula inspiração,
Resolveu que ela seja
De madeira, de
ferro,
De prata, titânio
De prata, titânio
Ou de outra coisa
qualquer
Pesa muito ou pesa pouco
Quem com ela na cabeça leva
Fica surdo, tonto e mouco
Se quiserem que eu continue
Com este exemplo bacoco
Pouco a pouco ficarei louco
E estou farto.
Pesa muito ou pesa pouco
Quem com ela na cabeça leva
Fica surdo, tonto e mouco
Se quiserem que eu continue
Com este exemplo bacoco
Pouco a pouco ficarei louco
E estou farto.
Depois destas
lérias
Vou escrever coisas mais sérias
Vou escrever coisas mais sérias
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
*
O exemplo de Arruda
Um artigo de hoje no jornal digital Observador refere os extraordinários resultados dos alunos das escolas daquela região, apontando diversas causas prováveis, desde a genética, até à qualidade dos professores. Em minha opinião faltou referir mais, talvez a mais importante. Que reside na preparação das crianças, desde as primeiras aulas da escola primária no tocante a saberem estudar, aprenderem a pensar e a aproveitar a curiosidade natural de todas elas desde o primeiro dia que frequentam a escola primária.
Eu tive um professor de ciências físico-químicas, no liceu que, para muitas aulas levava objectos diversos, desde escadas, diversos animais, autoclismos, banheiras, etc..de acordo com a lição que iria proferir. Nunca mais nos esquecemos de algumas leis da física, das fórmulas de alguns compostos químicos. Um dia a diversos de nós, fez-nos saltar de cima da mesa do professor para o chão, ao mesmo tampo que deixava cair uma maçã,para nos convencer que chegava tudo ao chão, ao mesmo tempo, explicando a gravidade.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Dinheiro
Sabem para que serve o dinheiro?
Dirão muitos que é uma pergunta idiota, porque se calhar julgarão que toda a gente o sabe. Toda ou quase toda a gente sabe para que serve, em nosso proveito. .Algum de vós pensará para que serve o dinheiro, em nosso prejuízo? Olhem os nossos prejuizos:
- As moedas podem furar os bolsos.
- Dão mau cheiro às carteiras e ás malas das senhoras.
- Se é muito, o dinheiro, não cabe no colchão
- Se é pouco, é muito comido pela inflação
- Se é muito gera inveja, tentação, cobiça, falsas amizades
- Se é pouco faz-nos passar fome, dormir debaixo da ponte, vasculhar os contentores
- Se é muito temos que o pôr num banco. E lá, com frequência o perdemos todo.
- Se há poco, todos os governos de todo o mundo se preocupam: com o "deficit", com os corruptos, com a pobreza, com o desemprego.
- Se têm muito, todos os governos de todo o mundo deixam de se preocupar com o "deficit", com os corruptos com a pobreza, com o desemprego
E ninguém contente.
Porque há muito mais que muitos não querem ver, falar ou conversar, sobre o vil papel e o vil metal.
domingo, 18 de dezembro de 2016
O senhor obrigatório, dantes muito se falava dele. Hoje continua a ser infObrigatórioluente nos nossos costumes, hábitos, vícios Senão, vejamos algumas das obrigações, o que persiste de obrigatório na vida do cidadão comum, excluindo.se portanto os milionários, os pobres e os políticos:
- Andarmos vestidos. Os políticos também, mas com gravata, com excepção daquele pândego da Grécia, que tem a obrigação de não a usar e ainda não nos explicou porquê. Eu, sem ser político, não a uso e sei bem porquê: não gosto de nada à volta do pescoço, talvez que me ficou patente e permanente algum atavismo proveniente sei lá de que antepassado, muito antepassado meu, que foi enforcado em Sevilha, rezam os arquivos da Torre do Tombo.
- Só andar cá pela Terra depois de termos nascido. As excepções são desconhecidas, contrariando a regra. Os políticos por vezes parece que cá nas não nasceram. Os corruptos consideram-se bem nascidos.
- Alimentar-nos, bebendo líquidos. As excepções são para alguns malucos que acreditam nas dietas ou que pretendem ser grevistas da fome - quase sempre com uma ajudazinha alimentar à socapa. Os políticos são a excepção da excepção. Não se importam e sempre se resignam a comer e beber, mas do melhor.
- Escrever depois de pensar. Exceptuam-se os que escrevem transcrevendo a "cassete", moda que parece ter nascido depois os 25 de abril.
- Eliminar a merda. Obrigação também com algumas excepções e por vezes muitíssimo difícil, outras vezes altamente incómoda e inoportuna. Mas ninguém consegue fugir a tal obrigação, sujeitar-se-ia a consequências fatais. Os políticos esquecem-se, com frequência e sem consequências. Portanto entram na excepção à obrigação.. E lembrem-se, ninguém morre, mesmo os mais santos, sem alguma merda dentro. O que deverá contribuir para alguma simplicidade e modéstia de todos. Donde se conclui que por vezes é benéfica.
- Proteger o que foi e continua a ser-nos concedido grátis: a Terra, a atmosfera, os mares e os rios, a Vida. Obrigações esquecidas por muitos que esqueceram o que lhes foi dado. Os políticos esquecem porque não querem ou não conseguem legislar nesse sentido. Só por excepção o fazem.
sábado, 17 de dezembro de 2016
Surgirá
Tenham cuidado, o meu supercérebro está surgindo. Veio das trevas e das alturas. Traz um grande saco de ilusões reais, de fantasmas de carne o osso, de prendas para todos, todos vão ficar ricos e aprender a ciência de enriquecer para quando os menos ricos os empobreçam. Não passarão sede, nem fome, não terão problemas a resolver, passarão a ter apenas programas de televisão sem anúncios, sem telenovelas,sem deputados, surgirão mais alguns santos à nossa volta. Sem que Cristo volte de novo à terra e os convença a dar tudo aos pobres, o que é impossível porque não pode existir um mundo sem pobres, mesmo que Cristo o queira, porque antes o matarão de novo. E então os intelectuais lamentarão que isso aconteça porque então, diriam, o mundo passaria a ser uma grande chatice, sem problemas, sem sindicatos, sem alternativas, sem parlamentos, ,sem eleições, toda a gente feliz, cheia de saúde, o que representará uma nova chatice, sem inconvenientes, sem problemas o que seria da nossa vida, os templos e os hospitais sempre vazios, o desemprego subindo em flecha porque as bruxas, os adivinhadores, os espíritas, os oráculos e as pitonisas, os médicos, os enfermeiros,stc., perderiam toda a clientela. Não isso não pode acontecer, o mundo tem de continuar como está, imprevisível, inconstante, sujeito à meteorologia e à diáfana subtileza das decisões dos governos, sujeito à porcaria dos livros que eu publico e ninguém lê. Já publiquei quatro, vou no quinto e mais meio, mais um, técnico, não sei o que fazer deles, ninguém os quer, mesmo oferecidos, pelo menos poderiam servir para alimentar as lareiras no próximo inverno, que é um destino digno, talvez mais digno que outro qualquer, o fogo pode eliminar tudo, mesmo o que não presta.
Não tenham cuidado, o meu supercérebro ainda não surgiu..
Se o corpo morre, regressa à terra, decompondo-se, acabando em cinzas. Não mais poderemos vê-lo vivo, como antes da sua morte, O nosso espírito não, pensamos que existe e que subsistirá após a morte do nosso corpo; que não é possível elimina-lo pelas chamas. Não se pode queimar um pensamento, não se pode fazer um archote duma ideia, como um combustível que arde, duma tristeza, duma alegria, dum pressentimento. Mas o espírito, ainda que não se possa ver, terá forma de manifestar-se, qual será, tentamos imaginar. Não por fantasmas, duendes, belzebus, mas duma forma que eu penso que pressentimos. Manifesta.se. suponho, pelo que o nosso espírito atinge se se sintoniza com outro ou outros, tal um rádio ou uma televisão se sintonizam com as emissoras que queremos ver e ouvir.. Outros espíritos manifestam-se como estações, que sintonizamos no nosso espírito, no teu, no dele, Qualquer um poderá ser captado pelo nosso interesse, pela nossa atenção , pela nossa vontade, pela nossa vida. Manifesta-se portanto, por indícios não físicos: por pressentimentos, por intuições, por tendências, por certos empurrões da nossa vontade e que, com frequência, não compreendemos..
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Se o corpo morre, regressa à terra, decompondo-se, acabando em cinzas. Não mais poderemos vê-lo vivo, como antes da sua morte, O nosso espírito não, pensamos que existe e que subsistirá após a morte do nosso corpo; que não é possível elimina-lo pelas chamas. Não se pode queimar um pensamento, não se pode fazer um archote duma ideia, como um combustível que arde, duma tristeza, duma alegria, dum pressentimento. Mas o espírito, ainda que não se possa ver, terá forma de manifestar-se; qual será, tentamos imaginar. Não por fantasmas, duendes, belzebus, mas duma forma que eu penso que pressentimos. Manifesta.se. suponho, pelo que o nosso espírito atinge, se se sintoniza com outro ou outros, tal um rádio ou uma televisão se sintonizam com as emissoras que queremos ver e ouvir.. Outros espíritos manifestam-se como estações, que sintonizamos no nosso espírito, no teu, no dele, Qualquer um poderá ser captado pelo nosso interesse, pela nossa atenção , pela nossa vontade, pela nossa vida. Manifesta-se portanto, por indícios não físicos: por pressentimentos, por intuições, por tendências, por certos empurrões da nossa vontade e que, com frequência, não compreendemos..
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
Essa minha tia
Aquela mulher, viva, irreverente, destinada a ser bonita, não tinha 47 anos, nenhuma mulher tem 47 anos. De homem com 47, diz o seu biógrafo que, com 47 , estaria na plenitude da vida um Cesar, um Alexandre, um Napoleão. Duma senhora com 47 anos nada consta, não foi uma Cleópatra, Joana d'Arc, uma Tatcher, Nenhuma mulher, hoje viva, nasceu em 1969, nenhuma. Mesmo as mais reles, se alguma o é. Mesmo as mais bonitas, quase todas. Porque antes de morrer qualquer mulher enterra a sua idade, nenhuma diz que já teve 47, outras, muito mais velhas que elas, todas sentem a mocidade, todas são casadas com um marido muito mais novo que 47 . E assim , assim, caramba, assim é que está certo. Qual é o marido decente que é casado com uma mulher de 47 anos? Nem sequer há um homem casado com uma mulher de 47 primaveras. Os números não se inventaram para referir a idade duma senhora, nem a duma mulher, poucas gostam de ser chamadas de senhoras, todas apreciam que as chamem, familiarmente, pelo nome que consta do cartão de identidade. A não ser que seja um nome duma antepassada, posto à nascença, um nome irreverente, que dizem cómico, impróprio para o gosto da própria, Como uma tia minha que no cartão de identidade se chamava Ermengarda, o nome duma célebre minha tia avó. E que só queria que lhe chamassem Mimi. Faleceu com noventa anos, mas nunca teve 47. E com razão. Foi sempre bonita.
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Disse
Desfaço os meus problemas cozinhando-os com um ovo estrelado e batatas "au meunier" não se riam desta ignorância, mas essas batatas fritas são as mais saborosas batatas fritas que eu ainda não comi porque doutra forma os meus problemas não ficavam em ponto espadana entrariam no rol da roupa suja daquele antigo primeiro ministro que o proclamou aos cinco ventos, ele sempre gostou de apregoar a sua originalidade aos dois ventos, ou apresentar pizzas de computadores, microfones e televisões, sempre preparadas para que os deputados mais exigentes tenham todos os dias o prazer mundano de deitar qualquer coisa para o lixo. Derivado disso choveram os protestos dos media e dos treinadores contratados que se mostraram elegantemente enxofrados com esse gesto de puro desperdício, esquecendo-se das seiscentas sessões de esclarecimento a que obrigaram os primeiros ministros após o 25 de Abril e como consequência, o desaparecimento de toda a imaginaçsão dos pais e das mães da pátria amada, porque lá em casa já não há coragem, capacidade e destemor para amar eternamente seja o que for. Disse.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Esta maquineta com que escrevo, em que digito
Esta maquineta onde e com que escrevo, onde escrevi tanto e onde espero escrever muito mais, não passa duma maquineta, dum artefacto mais ou menos insensível, dum brinquedo mais ou menos útil e que possui como base, minúsculos pedaços de material, que reagem de forma pretensamente parecida aos nossos neuróneos, os circuitos integrados, os "chips" os trasistores, etc. não me peçam explicações sobre o que são todos estes, a minha ciência não vai nem eu pretendo que vá mais longe, quem queira saber mais consulte a internet, escreva lá "chip" e aquela memória imensa da internet lança-lo ou lançá-la-á nos braços da informática. Mas a mim não me interessa saber mais o que sei sobre isso e o que me parece mais importante saber, é que um computador é uma maquineta que ainda precisa de muita sapiência, experiência e paciência dos inventores consagrados à informática, para conseguirmos construir uma maquineta dessas que tenha um pedaço de alma, exprimia alguns ténues, vagos e titubeantes sentimentos, consiga abrir a porta da fantasia, da bondade e da sensibilidade e que sorria. Ou até escrever, sem copiar, uma carta de amor, uma daquelas ridículas cartas de amor referidas por Fernando Pessoa.
domingo, 11 de dezembro de 2016
Há paradoxos
da nossa linguagem que lhe fornecem a dose de ridículo que deve exAí
está ele, dirão, entrando nos domínios do inusitado, da
fantasia, do obnóxio, do insensato.istir em tudo . Ainda bem, Eu
não ato com um nagalho os meus desejos de comunicação, os meus
pensamentos não se situam dentro de qualquer esfera de orgulhos,
deveres, regras, artes de bem viver, Naranãonão, como dizia a
minha avó, a materna que a paterna,com grande pesar meu, foi-se
embora antes de eu chegar. Aquele candeeiro amarelo não fala comigo,
eu sei, sempre soube que os candeeiros amarelos necessitam de
companhia, sós, acabam por se endividar - o que, para um patriota
é criar riqueza - e querer sair do euro o que, sem sabermos
bem porquê, nos lançaria nos braços da ruina, por isso
eu tenho dois candeeiros - às vezes, para que se envaideçam,
chamo-lhes candelabros, lustree, castiçais - valem,
são notáveis, pela inveja que têm um do outro,, apagados
lutam por parecer mais apagados que o outro; acesos, coisa curiosa,
lutam por iluminar mais o que vejo, o que leio; nunca lutam imaginem,
nunca lutam por iluminar mais a minha mente, por trazer
clarões imaginativos à minha escrita, por encher de luz a
minha existência. São, em resumo, uns egoístas, o que lhes
interessa são as suas manifestações de sombra e de iluminação.
Até porque perdi o rolo de cordel com que costumo atar os embrulhos que não faço.
Até porque perdi o rolo de cordel com que costumo atar os embrulhos que não faço.
sábado, 10 de dezembro de 2016
A razão da
minha razão confunde-se com a ração do meu pequeno almoço, hora
de comer alguns tremoços. Da mesma forma como uma almotolia se
utiliza para nos confundir a fantasia de cavalgar uma nuvem:
regando a nuvem com a almotolia cai a chuva da fantasia . Mas
tão diferente dum palimpsesto como um cesto de costura é
diferente dum protozoário. Ainda que este viva num aquário.
São picuinhas provenientes dalgumas sensaborias, dalgumas fumarolas que saem do vulcão das minhas adversidades, sem tradução para o coreano.
São picuinhas provenientes dalgumas sensaborias, dalgumas fumarolas que saem do vulcão das minhas adversidades, sem tradução para o coreano.
Apregoei virtudes,
qualidades, condecorações.
Desprezei amores, amizades, sortes
Entreguei-me a vícios, preguiças, ilusões
Virei-me do avesso, ao não amar, ao não te importes
Tirei os cursos da tristeza e o da sensaboria
Faltando às aulas práticas do mar, do vento, da terra
Esquecendo as qualidades da sabedoria
Nunca pensando que só Deus é que não erra
Desprezei amores, amizades, sortes
Entreguei-me a vícios, preguiças, ilusões
Virei-me do avesso, ao não amar, ao não te importes
Tirei os cursos da tristeza e o da sensaboria
Faltando às aulas práticas do mar, do vento, da terra
Esquecendo as qualidades da sabedoria
Nunca pensando que só Deus é que não erra
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
Só me
encontro quando não me procuro, só não penso quando desvario, só
não vivo quando não estou, quando me entrego na agonia da
apatia ou do tédio, quando não alcanço. E só me entrego quando me
querem , nunca quando me querem comprar, nunca quando insistem em
elogiar-me. Mas sempre que me abrem alguma porta da fantasia.
A vida tem de ser uma grande patuscada, não deve ser uma pequena história. dentro das convenções, dos horários, dos carimbos, do obrigatório, dos tempos dos faz de conta, dos lugares comuns. Quero lá saber dos lugares comuns. Irritam-me os lugares solitários, chateiam-me os semáforos, as artimanhas, as reticências, os pontos finais. Basta-me, pelo menos, estando sozinho, pensar no ponto e virgula,na importância complexa de estarem unidos, o pontos por cima da virgula, sempre machista.
Não é por escrever muito que fica escrito alguma coisa de jeito. As palavras estão lá, na memória de cada uma ou de cada um. A arte de as selecionar,eleger e figurar numa frase elegante, contendo alguma sabedoria e de expressão concisa, é rara, é privilégio de poucos. Simples, preciso e conciso, deve ser a falação, dizia o meu pai.
A vida tem de ser uma grande patuscada, não deve ser uma pequena história. dentro das convenções, dos horários, dos carimbos, do obrigatório, dos tempos dos faz de conta, dos lugares comuns. Quero lá saber dos lugares comuns. Irritam-me os lugares solitários, chateiam-me os semáforos, as artimanhas, as reticências, os pontos finais. Basta-me, pelo menos, estando sozinho, pensar no ponto e virgula,na importância complexa de estarem unidos, o pontos por cima da virgula, sempre machista.
Não é por escrever muito que fica escrito alguma coisa de jeito. As palavras estão lá, na memória de cada uma ou de cada um. A arte de as selecionar,eleger e figurar numa frase elegante, contendo alguma sabedoria e de expressão concisa, é rara, é privilégio de poucos. Simples, preciso e conciso, deve ser a falação, dizia o meu pai.
Espero ter mais sabedoria que a
que possui um ponto final.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
*
Nascer não fez de mim um devedor
Parecerá pura insensatez ou parvoíce contumaz opinar sobre um escrito de Nietsche. Mas não posso deixar de expressar a minha discordância sobre uma teoria que esse autor nos apresentou e deixou nos fins do século dezanove, e que figura em escritos que agora tenho relido com o mesmo interesse de sempre. Na sua "Genealogia da moral", destaca entre muitos outros assuntos e com insistência, a sua teoria de que todos e em particular os cristãos, somos e sentimos-nos devedores para com o nosso criador para com o grande credor que é Deus. Parece-me que mais não faz que confundir dívida com gratidão..
Eu não me sinto devedor perante os meus pais, perante qualquer um dos meus antepassados, Todavia não deixo de agradecer-lhes a sua contribuição para a vida que tenho usufruído. Não posso considerar uma dívida o amór que resultou do meu agradecimento, que sinto desde que me sinto.
Nascer não fez de mim um devedor
Parecerá pura insensatez ou parvoíce contumaz opinar sobre um escrito de Nietsche. Mas não posso deixar de expressar a minha discordância sobre uma teoria que esse autor nos apresentou e deixou nos fins do século dezanove, e que figura em escritos que agora tenho relido com o mesmo interesse de sempre. Na sua "Genealogia da moral", destaca entre muitos outros assuntos e com insistência, a sua teoria de que todos e em particular os cristãos, somos e sentimos-nos devedores para com o nosso criador para com o grande credor que é Deus. Parece-me que mais não faz que confundir dívida com gratidão..
Eu não me sinto devedor perante os meus pais, perante qualquer um dos meus antepassados, Todavia não deixo de agradecer-lhes a sua contribuição para a vida que tenho usufruído. Não posso considerar uma dívida o amór que resultou do meu agradecimento, que sinto desde que me sinto.
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Nascer não fez de mim um devedor
Parecerá pura insensatez ou parvoíce contumaz opinar sobre um escrito de Nietsche. Mas não posso deixar de expressar a minha discordância sobre uma teoria que esse autor nos apresentou e deixou nos fins do século dezanove, e que figura em escritos que agora tenho relido com o mesmo interesse de sempre. Na sua "Genealogia da moral", destaca entre muitos outros assuntos e com insistência, a sua teoria de que todos e em particular os cristãos, somos e sentimos-nos devedores para com o nosso criador para com o grande credor que é Deus. Parece-me que mais não faz que confundir dívida com gratidão..
Eu não me sinto devedor perante os meus pais, perante qualquer um dos meus antepassados, Todavia não deixo de agradecer-lhes a sua contribuição para a vida que tenho usufruído. Não posso considerar uma dívida o amór que resultou do meu agradecimento, que sinto desde que me sinto.
Nascer não fez de mim um devedor
Parecerá pura insensatez ou parvoíce contumaz opinar sobre um escrito de Nietsche. Mas não posso deixar de expressar a minha discordância sobre uma teoria que esse autor nos apresentou e deixou nos fins do século dezanove, e que figura em escritos que agora tenho relido com o mesmo interesse de sempre. Na sua "Genealogia da moral", destaca entre muitos outros assuntos e com insistência, a sua teoria de que todos e em particular os cristãos, somos e sentimos-nos devedores para com o nosso criador para com o grande credor que é Deus. Parece-me que mais não faz que confundir dívida com gratidão..
Eu não me sinto devedor perante os meus pais, perante qualquer um dos meus antepassados, Todavia não deixo de agradecer-lhes a sua contribuição para a vida que tenho usufruído. Não posso considerar uma dívida o amór que resultou do meu agradecimento, que sinto desde que me sinto.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
*
Sobre o que me vem à cabeça
Oxalá que à minha cabeça não venha mais que o normal: cabelo, pequeno almoço , almoço e jantar, ar puro na medida do possível, água do banho e da chuva, aos ouvidos a conversa de quem me queira bem. E que não me cheguem à cabeça coisas mais importunas, agressões de vária ordem, inclusive a conversa dos políticos na assembleia e muito menos as que eles, os mesmos nos pespegam fora dela.
Desde que eu soube que Rousseau, o Jean Jaques, nos convenceu, (para muitos senvenceu) que o que importa são as ideias, mais o espírito, mais o intelecto que se traduz, que eu aprecio, com constância modelar, as ideias que me vêm à cabeça, essa parte fundamental do corpo humano que tanto gostamos de proteger da chuva, das correntes de ar, dos maus cozinhados e das falações desvairadas, insensatas e relapsas duns tantos chatos a que a misericórdia divina, a delicadeza e a democracia nos obrigam a suportar.
Reza a anatomia que nas pontas ou cabeças dos dedos se reúnem diversos feixes de terminais de nervos daí que essas zonas são de grande sensibilidade ao tacto..Eu julgo que a cabeça que ostentamos, mais ou menos bem tratada, reúne, no interior, a maior concentração de nervos de todo o corpo, no fim da espinal medula. Daí resultam o conhecimento das, sensações, dos juízos, das ideias e das decisões que afluem ao nosso bestunto ou ao nosso genitunto.
Sobre o que me vem à cabeça
Oxalá que à minha cabeça não venha mais que o normal: cabelo, pequeno almoço , almoço e jantar, ar puro na medida do possível, água do banho e da chuva, aos ouvidos a conversa de quem me queira bem. E que não me cheguem à cabeça coisas mais importunas, agressões de vária ordem, inclusive a conversa dos políticos na assembleia e muito menos as que eles, os mesmos nos pespegam fora dela.
Desde que eu soube que Rousseau, o Jean Jaques, nos convenceu, (para muitos senvenceu) que o que importa são as ideias, mais o espírito, mais o intelecto que se traduz, que eu aprecio, com constância modelar, as ideias que me vêm à cabeça, essa parte fundamental do corpo humano que tanto gostamos de proteger da chuva, das correntes de ar, dos maus cozinhados e das falações desvairadas, insensatas e relapsas duns tantos chatos a que a misericórdia divina, a delicadeza e a democracia nos obrigam a suportar.
Reza a anatomia que nas pontas ou cabeças dos dedos se reúnem diversos feixes de terminais de nervos daí que essas zonas são de grande sensibilidade ao tacto..Eu julgo que a cabeça que ostentamos, mais ou menos bem tratada, reúne, no interior, a maior concentração de nervos de todo o corpo, no fim da espinal medula. Daí resultam o conhecimento das, sensações, dos juízos, das ideias e das decisões que afluem ao nosso bestunto ou ao nosso genitunto.
Vou ali e já venho
Salta-me a boca para
a mentira, tenho uma língua de trapos que vou usar para proteger os
estofos poídos do meu carro, já os virei, como dantes faziamos aos
casacos e aos sobretudos, naqueles tempos precisávamos de algo que
puséssemos sobre tudo, inclusive os tapetes que se usavam igualmente
para cobrir tudo, cruelmente e com desfaçatez. Aqui há
uns trinta anos apareceu um político a fazer propaganda com o
"slogan" " vou tirar o que está debaixo do
tapete", as intenções desse cavalheiro eram as mais
sinceras. até hoje ele continua tirando, não conseguiu
acabar de cumprir a promessa, até hoje continua a encontrar o que
está debaixo do tapete .No dia em que um político cumpra as
promessas, acaba-se a paródia ou acaba a política. Não queremos
nem uma coisa nem outra, isso de alternativas democráticas estamos
conversados, mas os grandes inventores da democracia, os gregos mais
veneráveis, nem pensavam em alternar, por isso é que o alterne
doutros assuntos é uma invenção do século XX, conservadora
no XXI.
terça-feira, 6 de dezembro de 2016
Sobre a responsabilidade
Quando virá o
tempo em que surgirá um código simples, prático e eficaz
sobre a responsabilidade incluindo a de quem ocupa um cargo
político?
Numa família normal e sã, o pai e a mãe poderão agir, segundo um código voluntário baseado na honestidade, lealdade, interesse pela harmonia e bem estar. E se os chefes da família gastam mais do que ganham e do que podem, se participam em actividades ilícitas, se entram e participam nas acções de grupos considerados perigosos pela lei e pela sociedade, se cedem à corrupção, são apontados como irresponsáveis e, o pior de tudo, põem a família em condições degradantes ou caminhando para a ruina.
Julgo que duma grande família como a dum país, poderemos pensar de forma semelhante sobre os seus governantes e procurar um código decente para a sua actividade na condução dos negócios do
Numa família normal e sã, o pai e a mãe poderão agir, segundo um código voluntário baseado na honestidade, lealdade, interesse pela harmonia e bem estar. E se os chefes da família gastam mais do que ganham e do que podem, se participam em actividades ilícitas, se entram e participam nas acções de grupos considerados perigosos pela lei e pela sociedade, se cedem à corrupção, são apontados como irresponsáveis e, o pior de tudo, põem a família em condições degradantes ou caminhando para a ruina.
Julgo que duma grande família como a dum país, poderemos pensar de forma semelhante sobre os seus governantes e procurar um código decente para a sua actividade na condução dos negócios do
país que governam.
Se qualquer responsável por um cargo público sofresse uma sanção severa quando prejudicasse muita gente, a política seria diferente. Errar é humano. Mas ser corrupto, não deverá ser. Todos podemos seguir, por vezes, o pior caminho. Mas quem vai decidir o destino, melhorar ou piorar a pobreza, projectar e executar as mudanças no país, deverá conhecer quais os limites que a responsabilidade lhe impõe. Nem que seja por decreto. Pruncipalmente por decreto.
Quem duvida da responsabilidade e a não quer, ou não a tem, que pensaremos deles?
Se qualquer responsável por um cargo público sofresse uma sanção severa quando prejudicasse muita gente, a política seria diferente. Errar é humano. Mas ser corrupto, não deverá ser. Todos podemos seguir, por vezes, o pior caminho. Mas quem vai decidir o destino, melhorar ou piorar a pobreza, projectar e executar as mudanças no país, deverá conhecer quais os limites que a responsabilidade lhe impõe. Nem que seja por decreto. Pruncipalmente por decreto.
Quem duvida da responsabilidade e a não quer, ou não a tem, que pensaremos deles?
Divirto-me
rindo de mim. A memória dá-me esse prazer, do ridículo de certas
situações em que me meto. E ainda mais, das que criei,
pensando. Por vezes, quando passeio, desato à gargalhada
provocando e aguardando o sorriso condescendente, piedoso,
comiserativo e compreensivo, da sujeita que se cruza comigo.
Entre a crítica das minhas atitudes e a análise das minhas opções,
pretendo sentir a vaidade das certezas, o acerto das decisões,
alguma grandeza nos ideais que sinto. Uma atitude necessita do amparo
da vontade para concretizar-se, uma opção precisa de
alguma sabedoria para firmar-se. E a certeza com vaidade
situa-se ao lado da petulância, do descaro, é insolência.
domingo, 4 de dezembro de 2016
Aos bons entendedores
Vou ver se me
entendo. Porque isto de entender-me não é para qualquer um.
Curiosamente acontece que é só para um. Um único, indubitável,
um só, indiscutivelmente só, em resumo: um chato. Porque,
concordarão que todos os solitários são chatos. Os elefantes
solitários, os leões solitários, as pobres das pacaças solitárias
e feridas, todos esses animais são chatos,
perigosos.no trato e na compreensão da nossa presença. E os
senhores que aqui me observam já encontraram, por acaso, um
homem solitário que não seja chato, inerte e inerme dentro dos
putativos (palavra na moda, tinha que a meter aqui) reputados
cavalheiros da nossa praça? Eu, fico-me na minha, entendo-me bem!
Pois é, dizem que por vezes sou chato, por isso é que não evito os
erros chatos.
sábado, 3 de dezembro de 2016
*
O óbvio e o ilusório
O óbvio, ,para muitos, compreensivo para tantos, que parece evidente a quase todos, com frequência se transforma em ilusório, na presença dum facto subtil que poderá provocar uma reacção inesperada; por vezes bastará uma mudança ténue no clima para o passar à categoria de ilusório, de falso, de enganoso - como o prestidigitador que parece serrar a rapariga que se encontra dentro da caixa fechada. É também o caso do governante que se serve de estatísticas falsas e tendenciosas, de promessas a prazo, de retórica clamando ao patriotismo, de apoios ambiciosos e oportunistas com pele de cordeiro.
A a imagem, o conhecimento, a consciência do obvio é ofuscada muitas vezes na mente da maioria do povo, pela ignorância, pela fraca cultura, pela fraqueza mental da muitos. Porque a liberdade é encarada por muitos como ausência de responsabilidade, como um poder que permite a demagogia, como uma arma que seduz os mais desprevenidos, estes pouco atentos ao ilusório canto de sereias.
O óbvio e o ilusório
O óbvio, ,para muitos, compreensivo para tantos, que parece evidente a quase todos, com frequência se transforma em ilusório, na presença dum facto subtil que poderá provocar uma reacção inesperada; por vezes bastará uma mudança ténue no clima para o passar à categoria de ilusório, de falso, de enganoso - como o prestidigitador que parece serrar a rapariga que se encontra dentro da caixa fechada. É também o caso do governante que se serve de estatísticas falsas e tendenciosas, de promessas a prazo, de retórica clamando ao patriotismo, de apoios ambiciosos e oportunistas com pele de cordeiro.
A a imagem, o conhecimento, a consciência do obvio é ofuscada muitas vezes na mente da maioria do povo, pela ignorância, pela fraca cultura, pela fraqueza mental da muitos. Porque a liberdade é encarada por muitos como ausência de responsabilidade, como um poder que permite a demagogia, como uma arma que seduz os mais desprevenidos, estes pouco atentos ao ilusório canto de sereias.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
Será?
Já me sinto capaz
de não pensar. Será isto o "trânsito nas alturas" ou
será o "embalar cabisbaixo e meditabundo"ou ainda o
"poder inusitado do inútil"?
O que a vida nos dá
Se a vida é
uma coisa, um assunto, um problema sério, temos de nos resignar
a ser sérios, circunspectos, sisudos, concentrados no além,
escolhendo experiências mais ou menos ditosas do passado,
engendrando situações mirabolantes para o futuro, lamentando a
chateza do presente? A vida, em resumo, é uma coisa séria?
Foi-nos concedida pensando o Criador que a passaríamos com
seriedade, sisudez, pacatez, vergonha pelos pecados cometidos,
raivazinhas pelas perdas de tempo no passado, ansiedades pelo
que passaremos no futuro, nervosismos pelo que o destino nos
concederá ? Não, nunca me convencerei de nada disso, nunca
aceitarei que o destino é um pôço de artimanhas, que somos
fantoches em experiências miríficas, inesperadas, obrigatórias.
Antes creio que aqui nos colocou o criador dando-nos a alegria
de viver, o sorriso de te ver, o agrado de sentir e por vezes, o
amor.
Nem nos gorilas, nem em todos os outros animais, desde a alforreca ao elefante e à baleia, vemos um sorriso. Poderão ter manifestações de agrado, como um cão abanar o rabo ou o ronronar do gato. Mas nem dos macacos obtemos um sorriso.
Provas de amizade de alguns, pela lealdade, sim. O que é muito, mas daí pouco passam. Talvez.
Nem nos gorilas, nem em todos os outros animais, desde a alforreca ao elefante e à baleia, vemos um sorriso. Poderão ter manifestações de agrado, como um cão abanar o rabo ou o ronronar do gato. Mas nem dos macacos obtemos um sorriso.
Provas de amizade de alguns, pela lealdade, sim. O que é muito, mas daí pouco passam. Talvez.
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
Sei
não
Vou deixar de fazer aquilo - tanta coisa! - que não fiz, aplicar-me
com denodo às batalhas perdidas e nunca travadas, estou nesse campo
com o meu cavalo pigarço, a galope suave ou a trote modesto, a
caminho do passado, sem qualquer incómodo, sem pensar no futuro e
apenas esquecendo outra vez, tudo o que esqueci no dia de
amanhã.
As
circunvalações do cérebro, não sei se sabem, são tantas como as
dos intestinos, as reacções aos alimentos espirituais são
semelhantes às reacções aos alimentos que a mesa
familiar, o orçamento e as decisões da nossa chefa de família,
decidem.
Não pretendo
dar uma lição de anatomia; mas não se esqueçam que para
um rio ter água, esta terá de nascer ou cair de
algum sítio, nem que seja do regador que o nosso Criador
empunha de vez em quando, sempre que está bem disposto. A que vem
tudo isto a propósito? Sei não, como dizem os angolanos. Ou os
brasileiros.
As expressões que o povo inventa para facilitar a compreensão dos artistas e dos patrícios, têm sempre a base da experiências mais ingénua, por vezes até derivando da língua de trapos duma criança, tantas vezes arremedada pelos amigos ocasionais, pelas amas, pelos pais, estes em jeito da gracinha dos meninos.
terça-feira, 29 de novembro de 2016
A arte de defenestrar
Para que
saibam os meus desconhecidos leitores e os ignorantes comentadores do
alheio meu, vou ocupar-me despreocupadamente - lindo adverbio
de modo (insano) - em defenestrar das minhas águas furtadas (
tenho três assoalhadas , três casas de banho e uma esposa linda),
em que vivo, como ia dizendo, como soe dizer-se ou como queiram
dizer sem ser para aqui chamados, ditos ou mal pagos, todavia
(porque será que deixaram de usar esta proposição digo preposição,
proposição é uma coisa feia quando é feita fora do lar
conjugal,ou estarei enganado?)fiquem sabendo, já que falaram
disso, eu devo alguma coisinha a alguém e a modos daquele grego
Tsipras ou como raio se chama , a modos dele eu vou-lhe exigira
pagar-lhe o que lhe devo até ao ano dois mil cento e quarenta e três
nesse ano comemoraremos a nossa independência e a minha
dependência da minha esposa e dos meus descendentes que, segundo
a pitonisa que eu sempre consulto, segundo ela terei nessa altura,
comprimento e largura de vistas, mais ou menos 2748 descendentes
e eles terão um antepassado vivinho e fresco porque sempre fiz a
dieta da beterraba, do manjericão e do tal do chocolate que tenho
sempre na gaveta da mesa de cabeceira para o que der e comer. E
, como ia dizendo, ao meu credor pedirei mais uns cobrezinhos
emprestados, exigindo-lhe que me perdoe a dívida antiga e esta de
agora e que não me fique devendo o que lhe peço emprestado, não
queira ser apontado como antidemocrata.
E descansem, satisfazendo a vossa curiosidade, informo-vos que jamais defenestrarei o defenestrado.
E descansem, satisfazendo a vossa curiosidade, informo-vos que jamais defenestrarei o defenestrado.
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
Tenho esta mania de
fazer ou dizer asneiras, aparafusar para a esquerda, martelando
no dedo, perdoar a quem não me ofende, entrar pela porta para
dentro, andar à chuva sem e molhar, escrever chucha em vez de chuva
como antes ia fazer, mas não gostaria eu de amgora ter e agarrar a
chucha, uma chucha das antigas, não eram de plástico os plásticos
ainda estavam dentro dos petróleos e os petróleos à espera de que
aparecesse aquela telenovela sobre a vida exemplar dum
magnata do petróleo, onde é que eu ia, ah! já sei, ia na
chucha, esta mania que tem a gente de pensar e lembrar a chucha, na
realidade estamos bem necessitados de ser governados por um Stipras
ou lá que raio de nome
grego tem
aquele grego que quis saber com um referendo quantos gregos
são patriotas e nada mais que pouco mais de sessenta por cento
deles assim o são, cá na nossa casa portuguesa com certeza, eu e o
meu parente Costa, temos um mesmo trisavô, ou seria um pentavô?
isto de altos pergaminhos a mim ninguém me vence, mas como ia
dizendo sobre andar à chuva e não fechar a porta para entrar
isso é cá comigo, se quiserem eu pedirei um subsídio para a
formação de desempregados, porque formar empregados é muito fácil,
difícil, difícil é formar desempregados para que facilmente
continuem desempregados, deveria ser promulgada uma lei que obrigasse
e impusesse a
obrigação( que são
coisas diferentes) de qualquer governo estabelecer cursos
superiores de desemprego, cumprindo o estabelecido num decreto
impar( ou par, para variar) do parlamento europeu, entre outros
artigos e dois preâmbulos de 739 páginas, uma de cada um dos
deputados daquele parlamento, que definisse em quarenta e sete
directivas esse curso de cinco anos do desemprego básico, com
um estágio obrigatório no fundo de emprego chinês. Mas, voltando
à vaca fria(vejam na Internet o que é isto da vaca fria) esta
mania de não asneirar que não é o mesmo que não fazer asneiras,
deixa-me hesitante, se hei-de levar a minha sombra à frente da
tua ou ao lado da outra.
Há por aí quem me dê emprego? Sei fazer uma data de coisas com as mãos, algumas com os pés, poucas com a cabeça, tirei uma data de cursos não digo quais para que não me chamem de petulante, vaidoso, ou "mentiroso relapso e contumaz" como um dia chamaram a um distinto senhor que não tinha ou não tem culpa de o ser.
Isso de ser político tem as suas vantagens.
Há por aí quem me dê emprego? Sei fazer uma data de coisas com as mãos, algumas com os pés, poucas com a cabeça, tirei uma data de cursos não digo quais para que não me chamem de petulante, vaidoso, ou "mentiroso relapso e contumaz" como um dia chamaram a um distinto senhor que não tinha ou não tem culpa de o ser.
Isso de ser político tem as suas vantagens.
Vou remar
contra a maré? que disparate.! Eu aproveito todas as marés, as da
vida, as da alegria, as da saúde. Para quê essa hipocrisia de remar
contra a maré, como o outro Não, não remarei contra a
maré, vou plácido e sereno, na corrente, assim entro no porto
descansado, refrescado, fresco de corpo e de espírito, sem
preocupações, que são ocupações muita néscias, muito parvas,
quase sempre com o carimbo de inutilidades perversas . E não há
menor prazer, maior sensaboria que entretermos- nos com
inutilidades, quase sempre o reverso perverso de
nada.
Mas também não quero pertencer ao universo da Maria vai com as outras, antes encontrar uma Maria que vá comigo, não, esqueçam isto. isto não se confessa nem se deve hipotesar - que tal acham este verbo que inventei agora, na moda em que estamos de acordos ortográficos a torto e a direito, ponham lá, se fazem favor, mais este verbo no dicionário, não confundindo com hipotecar, uma palavra vetusta, antiga, de pergaminhos consagrados no auxílio de gregos e de troianos e portugueses para remendar as finanças depauperadas pela gozo da vida alegre a que todos, mas todos sim senhor, temos direito.
Está na hora da maré virar, das reinvindicações. Vou aproveitar.
Hipotesar: verbo transitivo, levantar hipóteses, vem do latim hipotesae ou hipotesabus, também se diz da pessoa que está com hipo, com garganta ou falar desonesto.. Verbo proposto à Academia das Ciências em Portimão, na data de onze de Julho de 2015, com 40 graus à sombra.
Mas também não quero pertencer ao universo da Maria vai com as outras, antes encontrar uma Maria que vá comigo, não, esqueçam isto. isto não se confessa nem se deve hipotesar - que tal acham este verbo que inventei agora, na moda em que estamos de acordos ortográficos a torto e a direito, ponham lá, se fazem favor, mais este verbo no dicionário, não confundindo com hipotecar, uma palavra vetusta, antiga, de pergaminhos consagrados no auxílio de gregos e de troianos e portugueses para remendar as finanças depauperadas pela gozo da vida alegre a que todos, mas todos sim senhor, temos direito.
Está na hora da maré virar, das reinvindicações. Vou aproveitar.
Hipotesar: verbo transitivo, levantar hipóteses, vem do latim hipotesae ou hipotesabus, também se diz da pessoa que está com hipo, com garganta ou falar desonesto.. Verbo proposto à Academia das Ciências em Portimão, na data de onze de Julho de 2015, com 40 graus à sombra.
domingo, 27 de novembro de 2016
Sei não
Vou deixar de fazer aquilo - tanta coisa! - que não fiz, aplicar-me
com denodo às batalhas perdidas e nunca travadas, estou nesse campo
com o meu cavalo pigarço, a galope suave ou a trote modesto, a
caminho do passado, sem qualquer incómodo, sem pensar no futuro e
apenas esquecendo outra vez, tudo o que esqueci no dia de
amanhã.
As
circunvalações do cérebro, não sei se sabem, são tantas como as
dos intestinos, as reacções aos alimentos espirituais são
semelhantes às reacções aos alimentos que a mesa
familiar, o orçamento e as decisões da nossa chefa de família,
decidem.
Não pretendo
dar uma lição de anatomia; mas não se esqueçam que para
um rio ter água, esta terá de nascer ou cair de
algum sítio, nem que seja do regador que o nosso Criador
empunha de vez em quando, sempre que está bem disposto. A que vem
tudo isto a propósito? Sei não, como dizem os angolanos. Ou os
brasileiros.
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
Estranho e mau
exemplo para a juventude é a actuação dos sábios bonzos da
União
Europeia. Nada de admirar porquanto a constituiJção em que se apoiam parece-me que tem qualquer coisa como quinhentos e trinta e nove artígos. Portanto para resolverem seja o que for, levam dias a consultar a dita constituição e nada resolvem, e quando querem resolver algo, não a consultam.
Os americanos, promulgaram a deles com, se não estou em erro, com vinte e três artigos, completados posteriormente com algumas, não muitas, emendas. Dessa forma, em poucos minutos resolvem o que têm de resolver. A Europa não. Entre outras curiosidades fundaram o banco europeu com nada menos de vinte e nove administradores, duvido que a razão de tanta gente na administração é a de o presidente alegar não ter tempo e paciências de os ouvir quando quer tomar uma decisão. Quando nada tem que fazer e quer passar o tempo, consulta-os em reuniões intermináveis.
Por tudo isto, agora não se entendem e preferem ver-se livres da Grécia por cinco anos.
O que talvez seja melhor para os gregos. Ainda não demonstraram o contrário. Aquela constituição permite sempre que se siga o sim ou se opte pelo não. Ou nem por um nem pelo outro, deixando passar o tempo confiados que este, sem constituição, sempre resolve tudo.
Europeia. Nada de admirar porquanto a constituiJção em que se apoiam parece-me que tem qualquer coisa como quinhentos e trinta e nove artígos. Portanto para resolverem seja o que for, levam dias a consultar a dita constituição e nada resolvem, e quando querem resolver algo, não a consultam.
Os americanos, promulgaram a deles com, se não estou em erro, com vinte e três artigos, completados posteriormente com algumas, não muitas, emendas. Dessa forma, em poucos minutos resolvem o que têm de resolver. A Europa não. Entre outras curiosidades fundaram o banco europeu com nada menos de vinte e nove administradores, duvido que a razão de tanta gente na administração é a de o presidente alegar não ter tempo e paciências de os ouvir quando quer tomar uma decisão. Quando nada tem que fazer e quer passar o tempo, consulta-os em reuniões intermináveis.
Por tudo isto, agora não se entendem e preferem ver-se livres da Grécia por cinco anos.
O que talvez seja melhor para os gregos. Ainda não demonstraram o contrário. Aquela constituição permite sempre que se siga o sim ou se opte pelo não. Ou nem por um nem pelo outro, deixando passar o tempo confiados que este, sem constituição, sempre resolve tudo.
terça-feira, 22 de novembro de 2016
Aguardo com
ansiedade que o espírito dum poeta aumente a riqueza da minha
criatividade
Passo os dias ansiando
Esta fome mitigar
Eu sempre ando pensando
Sair deste triste lugar
E se eu tiver a sorte de ele andar por aqui
Nessa hora eu dir-lhe-ei
Dê-me num dos seus papelinhos
Conselho que eu seguirei
Em qualquer dos meus caminhos
E no papelinho que me deu eu li uma quadra da autoria de F.Pessoa :
"Tivesse eu conseguido
Nunca saber de mim
Ter-me-ia esquecido
De ser esquecido assim"
Passo os dias ansiando
Esta fome mitigar
Eu sempre ando pensando
Sair deste triste lugar
E se eu tiver a sorte de ele andar por aqui
Nessa hora eu dir-lhe-ei
Dê-me num dos seus papelinhos
Conselho que eu seguirei
Em qualquer dos meus caminhos
E no papelinho que me deu eu li uma quadra da autoria de F.Pessoa :
"Tivesse eu conseguido
Nunca saber de mim
Ter-me-ia esquecido
De ser esquecido assim"
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Sim
O que me importa
fora de tudo o que não me importa
O que prevalece dentro de tudo, o que me envaidece
Sempre que as circunstâncias do momento forem circunstanciando
É a finura do trato do animal que aparece à minha porta
Seja macaco, crocodilo, leão, elefante ou cidadão
Que eu tenho sempre a porta aberta p'ra quem vem por bem
Sempre tenho a mesa coberta de acepipes e outras iguarias
Sempre prezo a convivência de quem me traz outras alegrias
(da autoria do, mais conhecido, outro eu, não dirias)
O que prevalece dentro de tudo, o que me envaidece
Sempre que as circunstâncias do momento forem circunstanciando
É a finura do trato do animal que aparece à minha porta
Seja macaco, crocodilo, leão, elefante ou cidadão
Que eu tenho sempre a porta aberta p'ra quem vem por bem
Sempre tenho a mesa coberta de acepipes e outras iguarias
Sempre prezo a convivência de quem me traz outras alegrias
(da autoria do, mais conhecido, outro eu, não dirias)
domingo, 20 de novembro de 2016
Estou assim a
pairar
Bem só, dentro de mim
Porque não hei de ficar
Se eu fico bem, mesmo assim
Essa flor é doirada
Pela luz do teu olhar
E a minha alma magoada
Por não me quereres amar
Custa-me passar a vida
E a vida por mim não passar
Não sei se me é querida
Se gosto por ela andar
Parece-me que sinto a dor
Dessa pedra que eu pisar
Julgo não sentir o amor
Que agora estou a amar
Dizes-me coisas bem lindas
Mas a mim tu não me enganas
Sejam de oiro ou prata fina
Da mais pura filigrana
Pouco me queres ouvir
O que te quero dizer
Vou passar dizer a rir
O que dizes tu querer
Bem só, dentro de mim
Porque não hei de ficar
Se eu fico bem, mesmo assim
Essa flor é doirada
Pela luz do teu olhar
E a minha alma magoada
Por não me quereres amar
Custa-me passar a vida
E a vida por mim não passar
Não sei se me é querida
Se gosto por ela andar
Parece-me que sinto a dor
Dessa pedra que eu pisar
Julgo não sentir o amor
Que agora estou a amar
Dizes-me coisas bem lindas
Mas a mim tu não me enganas
Sejam de oiro ou prata fina
Da mais pura filigrana
Pouco me queres ouvir
O que te quero dizer
Vou passar dizer a rir
O que dizes tu querer
sábado, 19 de novembro de 2016
"Dizer adeus à
vida", expressão exquisita que parece fazer pouco sentido.
No entanto ouve-se bastas vezes proferir, no jeito de resignação
para o que acontece a quem o diz. espera viver mais, não se passar,
o que significa esquecer-se de tudo, em Normalmente contem
ou pressupõe uma certa dose de esperança de melhoria, no destino do
próprio. Um moribundo nunca a diz, um moribundo, por mais moribundo
que esteja, sempre particular do presente, sem ter adormecido.
É provável que estas sejam considerações que me desconsideram, arroubos de fantasias mal dissimuladas.
É provável que estas sejam considerações que me desconsideram, arroubos de fantasias mal dissimuladas.
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
Sendo assim, sou alguem
Pois eu sou alguma
coisa, sou alguém, alguém que ama a vida, tanto, tanto, que
continuo a criar personagens nos meus contos, nos meus versos, nos
meus pensamentos. Por vezes encalho, por vezes hesito, por
vezes distraio-me, sinal de que os meus personagens foram dar
uma voltinha, no seu direito democrático, na sua liberdade.
Porque eu dou inteira liberdade aos meus personagens, respeito as
suas preferências, as suas birras, as suas idiossincrasias, a sua
criatividade, mesmo as suas preferências por algum dos leitores. E
sou amigo deles, embora alguns sejam marotos, alguns sejam
patifes, outros muito descarados. Mas onde não os encontramos
? Isto de criar não é só criar na barriga de mãe.
Notem que é gente mais ou menos etérea que é detestada por
muitos, amados por outros. Bem sei que vão ao encontro de ti e
de mim, através dos livros. Mas quem, ao longo da vida não odiou o
primo Basílio, quantos não se entusiasmaram com o conde de Monte
Cristo, quantos não amaram a Lady Chaterley ?
- Burocracia
- A arte de realçar o inútil. È um dos ramos da preguiça. É uma amostra do faz de conta, da ausência da criatividade. E estranha forma de ocupar o tempo.
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Vou pregar
uma partidinha aos que estão lendo esta mensagem. Não vou
escrever nada. Mas talvez encontre alguma coisinha para vos
interessar. Sim, porque o interesse, ( as heranças, a corrupção,
a política e outros interesses cavalheirescos não são aqui
chamados) que me move desde que aprendi a escrever não é o de
angariar leitores, já angariei muita coisa desde que aprendi a
mamar, acumulei farta experiência quer no mamar em mama alheia
até às belas provas de vinho tinto ou de peras descascadas com
algum "chantilly"( tá mal escrito mas, quem o
provou, me entende) que, no fim de contas à grega, ou seja, bem
feitas, no fim de contas também( o chantilly") também é um
derivado, como diria o meu colega Lobo Antunes, da mama duma
vaca engordada com os saborosos pastos da Normandia ou seja, daquela
região onde desembarcaram os aliados para se encontrarem daí a
alguns dias com o exército russo, em Berlim, sem consideração
para com(ume forma de mal escrever, esta) o senhor Hitler,
aquele senhor austríaco que governou a Alemanha no tempo da segunda
guerra mundial, digo isto para elucidação das gerações novas,
nascidas no século vinte e um e que poderão pensar, cativados pela
propaganda nessa época futura, poderão pensar que esse senhor,
eleito democraticamente, era uma pessoa sensata . E no nosso Portugal, basta de sensatez, basta do ralerrão em que vivemos, basta de hipocrisia, de falinhas mansas, de mentiras, de aproveitamento da ingenuidade do povo. Tanto precisamos de outro Nuno Alvares como doura padeira de Aljubarrota.
Com veem, cumpri a minha palavra, nada escrevi.
(Cumprir a palavra dada, nestes tempos, é um eufemismo, uma metáfora, ou lá o que poderá ser, respeitada a sintaxe e a semântica.)
Com veem, cumpri a minha palavra, nada escrevi.
(Cumprir a palavra dada, nestes tempos, é um eufemismo, uma metáfora, ou lá o que poderá ser, respeitada a sintaxe e a semântica.)
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
Personagens
Os meus
personagens, os que eu crio, são uns valdevinos anónimos quando fui
eu que dei com eles e lhes ofereci a honra emérita de figurarem
num meu próximo romance, nos meus livros passados. Coloquei-os com
todo o conforto dentro das muitas páginas já lançadas no mar deste
tempo infinito. Sem qualquer consideração por mim,
resolveram entrar em greve e ir dar umas daquelas curvas tão
usuais em qualquer personagem que se preza. Porque estes só dão
curvas, as rectas são para a geometria, as curvas para os poetas.
Recta é recta, daí não passa, sempre subordinada às namoradas
paralelas, curva tem muitas variantes poéticas, pode ser na
onda, na hipérbole, uma assíntota mais ou menos sinusoidal,
numa parábola hipersensível com tendências estranhas para o
infinito e fugindo à vulgaridade tão limitada da
circunferência ou da elipse.
Mas os personagens que saltam do cérebro mais ou menos fecundo de qualquer escriba, são assim: ingratos como muitos filhos saídos do ninho, inconstantes como o amor e irreflectidos, como o transeunte que atravessa a rua lendo o jornal.
Hoje tenho de os agarrar e cumprir as minhas recomendações, como dizia a minha tia.
Mas os personagens que saltam do cérebro mais ou menos fecundo de qualquer escriba, são assim: ingratos como muitos filhos saídos do ninho, inconstantes como o amor e irreflectidos, como o transeunte que atravessa a rua lendo o jornal.
Hoje tenho de os agarrar e cumprir as minhas recomendações, como dizia a minha tia.
terça-feira, 15 de novembro de 2016
Encontrei-os de novo
Encontrei de novo os
personagens que criei. Convidei-os a entrar em mais uma página
do meu livro. Parece-me que entraram a gosto, sem mesuras, sem
reticências, desprezando oNão os vou largar tão cedo.s lugares
comuns, não abusando das metáforas nas suas conversas, tomando o rumo que eu os aconselhei, sem
brincar com as coisas hilariantes e rindo das coisas sérias
da vida.
Não.
Não.
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
Dinheiro,
dinheiro,dinheiro,dinheiro, dinheiro, dinheiro, dinheiro,
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Dinero.
Money, money, money, Money, Money, Money, Money, Money, Money, Money, money
Plata, plata, plata, plata, plata, plata, plata, plata, plata, plata, plata, plata, plata, plata.
Denaro
Pecunia
Argent
A principal notícia do dia.:
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Denaro
Pecunia
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A principal notícia do dia.:
no#«*%&/"@$(no planeta agora descoberto, o 754/4/b ou lá
o que há de ser).
domingo, 13 de novembro de 2016
Jenny
No título
desta mensagem apenas pus o nome de Jenny para suscitar a vossa
curiosidade. Também é o nome duma senhora que foi a esposa de Marx, Karl
Marx. E o título dum livro que aconselho. É baratinho, cinco
euros. E vos aconselho a vós e a outros incultos como eu, a
conhecer, nesse livro, bastante do que foi a vida desse
génio. Que foi devasso, devorador e gastador de fortunas,
beberrão inveterado, fiel e infidelíssimo no casamento, amante
imenso da sua namorada Jenny, quando perto dela. Foi preso
porque a polícia o encontrou andrajoso, nunca entrou na casa dum
operário, frequentou intensamente os salões mais
aristocráticos. Mas, foi um génio. A esposa, antes de o conhecer,
namorou e esteve prometida como noiva dum aristocrata, de alta
posição no exército, que "dançava bem, patinava bem, beijava
bem mas pensava mal".
Amigo de Engels, este o possuidor de muitas fábricas em Manchester onde a maioria dos trabalhadores eram crianças.
E enrtre muita obra, escreveu "O capital".
Amigo de Engels, este o possuidor de muitas fábricas em Manchester onde a maioria dos trabalhadores eram crianças.
E enrtre muita obra, escreveu "O capital".
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
O cinzentão
O cinzentão, este
parece-se com as palavra escritas só pela metade, que por vezes têm
um significado, inserido ou não, na trama do texto. Por vezes
queremos escrever sintomas e fica apenas o sin no papel, que nem
sequer é uma palavra portuguesa embora se pronuncie com a intenção
duma afirmativa. Isto tem um nome, que não recordo, não é possível
recordar tudo o que li, nem sequer tudo o que aprendi. A memória não
tem limites mas como tantas outras coisas, vai-se diluindo. Eu
fui apresentado, durante a vida a 38.764 indivíduos, parece-me que
mais do sexo feminino que do outro, o macho. E só me lembro
prá-i duns 17.364 . Mas, voltando ao cinzento, que vem de
cinza, que é una outra coisa, é aquilo a que a mim, a ti ou a outro
nos reduzirão se um dia o nosso corpo for cremado ou se um
incendio nos apanhar a dormir dentro duma floresta ou dentro doutra
coisa menos poética, de modo igual redutível a cinza, que é uma
das formas que a natureza tem de nos reciclar. Mas, pensem o que
quiserem eu antipatizo com as cinzas, antipatizo com todas as
situações que podem ser mais ou menos, falando à maneira dum
matemático, que tendem para o limite superior do preto ou para o
limite inferior do branco, num intervalo de incerteza que sempre me
parecerá fútil. E para mim, em minha opinião - como dizem agora os
políticos que não se querem comprometer mas que estão ávidos
da fama intelectual - na minha opinião, o cinzento nunca
se define, nunca se revela com propriedade concreta, nunca opta, fica
sempre pelo meio, pelo quarto ou três quartos ou por outra
fracção do branco ou do preto.
Mas eu, que sou de pele castanha e mente incerta, onde me situam?
Mas eu, que sou de pele castanha e mente incerta, onde me situam?
quinta-feira, 10 de novembro de 2016
Um pensamento poderá ser a descrição duma atitude, duma revolta, duma indisposição, de desprezo, de louvor, de súbita inspiração. Terá contornos muito diferentes, de acordo com o lugar; o salão, a reunião social, a cama, a igreja, lugares que implicam ânimos diferentes no espírito de quem o profere e nos dos que o escutam. Até varia com a meteorologia. Por conseguinte é muito difícil pensar sempre o mesmo, em todas as situações diferentes de lugar, disposição, seja do que for.
Sonho bom
Estava muito satisfeito a sonhar dentro duma sala com ar
condicionado, repleta de estamos felizes, contentes, agradados,
.de iguarias frescas e gente
decente.
Quando
estamos felizes, contentes, agradados, procuramos sempre mais,
mais,mais..
Por isso, procurando melhor, resolvi sair pela porta dos fundos,
e fiquei envolvido pela nuvem cinzenta da realidade. Lá atrás, como sempre, o arco iris da esperança.
A ganância é um pecado mortal, maléfico, contundente. Até a
sonhar.
Parece-me que isto foi um aviso para que, enquanto não for milionário, não querer mais.
Parece-me que isto foi um aviso para que, enquanto não for milionário, não querer mais.
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
Alguns nuncas, alguns nãos e um só pouco
Não me assaltam náuseas pela vida, nem me preocupam pesares do futuro.
Há faróis
de entendimentos acesos em permanência, poucos sobressaltos no
presente e muitas prisões à esperança.
Nunca disse
adeus à vida, isso é missão de quem criou o nosso espírito.
Nunca exijo
nada à vida, isso seria petulância minha.
Nunca trai
a vida, isso seria blasfemar contra quem no-la deu.
Por tudo isso
e por muito mais, pouco penso sobre a minha vida.
A não ser no tudo que ela me
concede.
terça-feira, 8 de novembro de 2016
A eleição de amanhã e outras previsões
Pois cá para mim, a propósito da eleição de amanhã para a presidência dos Estados Unidos a empresa de sondagens que eu dirijo, prevê:
1- fará bom tempo ou mau tempo em todos os estados dos U,S.A..
2 - votarão todos os eleitores que entregarem o voto e não votarão os restantes.
3 - embora me pareça que a Clinton vai ganhar a sondagem diz que ganhará o republicano ou a democrata. A sondagem foi efectuada boca a boca sobre um universo ilimitado, porque o tempo urgia, não houve tempo para mais. O erro possível é de cem por cento.
4 - No meu entender é possível que não haja abstenções, porque continua a haver cem por cento de indecisos.
5 - Esta sondagem mantem-se válida após o fecho das urnas, devido à ausência de mortos para as ocuparem.
Pois cá para mim, a propósito da eleição de amanhã para a presidência dos Estados Unidos a empresa de sondagens que eu dirijo, prevê:
1- fará bom tempo ou mau tempo em todos os estados dos U,S.A..
2 - votarão todos os eleitores que entregarem o voto e não votarão os restantes.
3 - embora me pareça que a Clinton vai ganhar a sondagem diz que ganhará o republicano ou a democrata. A sondagem foi efectuada boca a boca sobre um universo ilimitado, porque o tempo urgia, não houve tempo para mais. O erro possível é de cem por cento.
4 - No meu entender é possível que não haja abstenções, porque continua a haver cem por cento de indecisos.
5 - Esta sondagem mantem-se válida após o fecho das urnas, devido à ausência de mortos para as ocuparem.
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
Nietsch é um pândego.Ele não gostará do que estou escrevendo, mas segundo a rainha do reino desta casa, eu sou bastante como ele - iconformado, sempore no contraditório, não me importando de pisar o risco que outross desenham normalmente sem qualquer fantasia, que também é o cloreto de sodio do pensamento e da dialética.. Ñão senhor ele, ali onde está, ao virar da esquina - que ele frequentava todos os dias - até dirá: ora aqui está um outo pândego!
Lamentos pelo que fazemos
Nada faço
lamentando o trabalho que tenho. Tudo me agrada fazer desde os
trabalhos caseiros, aos normais da vida. Sempre me habituei a
faze-los sem esforço, embora por vezes fique a suar, sem
sentir obrigação. Se são ocupações que fogem à rotina da vida
mas que sinto a necessidade de os efectuar, de imediato penso
que terá de ser como tantas outras coisas ou actos a que me
habituei: tomar banho todos os dias, vestir-me e calçar-me,
respirar, andar, etc. que um dia, no passado, começaram a ser para
mim uma ocupação natural de parte do meu tempo. O que oiço a muita
gente dizer, que lá em casa, que maçada, todos os dias teem que
lavar a louça, um dia por semana lavar a escada com a
esfregona, todos os dias ou umas tantas vezes por semana ir ao
supermercado comprar isto ou aqueloutro que faz falta na dispensa,
que chatice hoje é o dia de visitar aquela familia, são
frases que me parecem ridículas, porque essas mesmas pessoas todos
os dias andam dum lado para o outro, todos os dias se vestem e
atam os sapatos, todos os dias dão a comida ao gato ou ao cachorro,
muitos dias limpam o cócó destes no tapete da sala, todos os dias
fazem uma data de coisas sem sentirem que a vida as obriga mais ou
menos, sem se lamentarem nem sequer pensarem no que custa fazer.
domingo, 6 de novembro de 2016
O que disse Licoln sobre o dinheiro
Sabem o que disse
Lincoln em 1886 ? Aqui vai: "O dinheiro rapina a nação em
tempos de paz e conspira contra ela em tempos adversos. É mais
déspota que a monarquia, mais insolente que a autocracia e mais
egoísta que a burocracia. Denuncia como inimigos públicos todos os
que questionem os seus métodos ou alumiem os seus crimes. Eu tenho
dois grandes inimigos, o exército sulista à minha frente e os
banqueiros atrás de mim.. Dos dois o meu pior inimigo é o que está
às minhas costas"
(Extraido dum artigo de Stefhen Lendeman, artigo intitulado "O banco central dos Estados Unidos. O templo e os seus segredos sujos)
(Extraido dum artigo de Stefhen Lendeman, artigo intitulado "O banco central dos Estados Unidos. O templo e os seus segredos sujos)
E até hoje só um ou dois disseram ou discutiram um pouco mais sobre esta condenação.
sábado, 5 de novembro de 2016
O que faz girar o
mundo actual é o dinheiro, não é o amor. São os bancos e os seus
donos que teem o poder de tirar ou aumentar o dinheiro em circulação,
o que lhe dá um poder imenso, que domina os políticos, pela
persuasão ou pela corrupção, os povos pela necessidade e até os
ricos pela ganância. Tirando dinheiro da circulação, aumentam os
juros devido à sua escassez. Aumentando o dinheiro em circulação,
provocam inflação que, como se sabe há muito, sempre
prejudicam mais os mais pobres.
Tenham isto e muito mais que noutros dias explicarei, tenham isto em conta, quando votarem.
Tenham isto e muito mais que noutros dias explicarei, tenham isto em conta, quando votarem.
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
A minha conclusão
de hoje
Hoje cheguei
à conclusão agradável de que sou milionário. Não, não queiram
tirar
partido disso, nem
pedir-me emprestado algum dos meus milhões, nem sequer ainda
chamar-me coisas bonitas para me comover. Mas se, honestamente me
perguntarem como consegui essa fortuna, eu passo a explicar.
Tenho na minha arca da memória o milhão de beijos que dei e que recebi. Mais os abraços que me enviaram e que somados aos que recebi, ainda não os contei bem mas somam mais que um milhão. Bem, deixo mais para depois, se não me acreditam, para outras coisas que me fazem milionário.
Tenho na minha arca da memória o milhão de beijos que dei e que recebi. Mais os abraços que me enviaram e que somados aos que recebi, ainda não os contei bem mas somam mais que um milhão. Bem, deixo mais para depois, se não me acreditam, para outras coisas que me fazem milionário.
Poderão pedir-me um empréstimo.
Façam o requerimento respectivo com cópia para a tesouraria da
minha casa.
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
Umas coisinhas importantes
A maioria das pessoas pouco ou nada sabem sobre dinheiro e
banca, muitos pouco se importam, nem fazem ideia de como os
banqueiros influenciam as suas vidas. Nos cursos de economia omite-se
em geral a natureza sinistra e o real funcionamento do sistema
bancário. Ninguém pode pensar que os bancos foram instituídos para
funcionarem em nosso benefício. Só mais umas linhas para aflorar o
problema: os escândalos financeiros, em Portugal, o dos depósitos
dos pequenos depositantes. E, pelos vistos, a procissão vai no adro.
Vamos a ver se o nosso Criador não perde a paciência dentro de
pouco tempo.
A maioria das pessoas pouco ou nada sabem sobre dinheiro e banca, muitos pouco se importam, nem fazem ideia de como os banqueiros influenciam as suas vidas – repito, porque toda a gente me diz que é verdade. Nos cursos de economia omite-se em geral a natureza sinistra e o real funcionamento do sistema bancário: repito, porque ninguém me diz que seja mentira. Ninguém pode pensar que os bancos foram instituídos para funcionarem em nosso benefício. Só mais umas linhas para aflorar o problema: os escândalos financeiros, em Portugal, os dos dois maiores bancos, o BPN e o BES. O primeiro causou um prejuízo aos cofres no nosso estado de mais de nove biliões de euros, prejuízo coberto com os impostos pagos pelos portugueses. O BES vai em mais de três biliões, valor que pela certa aumentará no fim das contas , se a engenharia financeira e contabilística não branquear e aldrabar as contas. E quem paga? Os contribuintes. Sem quaisquer compensações, antes com a erosão de milhares de economias dos pequenos depositantes. E, pelos vistos, a procissão vai no adro. Vamos a ver se o nosso Criador não perde a paciência dentro de pouco tempo. Olhem que ele tem tempo para tudo.
A maioria das pessoas pouco ou nada sabem sobre dinheiro e banca, muitos pouco se importam, nem fazem ideia de como os banqueiros influenciam as suas vidas – repito, porque toda a gente me diz que é verdade. Nos cursos de economia omite-se em geral a natureza sinistra e o real funcionamento do sistema bancário: repito, porque ninguém me diz que seja mentira. Ninguém pode pensar que os bancos foram instituídos para funcionarem em nosso benefício. Só mais umas linhas para aflorar o problema: os escândalos financeiros, em Portugal, os dos dois maiores bancos, o BPN e o BES. O primeiro causou um prejuízo aos cofres no nosso estado de mais de nove biliões de euros, prejuízo coberto com os impostos pagos pelos portugueses. O BES vai em mais de três biliões, valor que pela certa aumentará no fim das contas , se a engenharia financeira e contabilística não branquear e aldrabar as contas. E quem paga? Os contribuintes. Sem quaisquer compensações, antes com a erosão de milhares de economias dos pequenos depositantes. E, pelos vistos, a procissão vai no adro. Vamos a ver se o nosso Criador não perde a paciência dentro de pouco tempo. Olhem que ele tem tempo para tudo.
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
Convite
Veem ou não veem ?
(escrevendo segundo a parvoíce do novo acordo ortográfico luso-brasileiro: vêm ou não vêm, é do verbo ver ou do vir? A tradução está antes dos parêntesis)
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
E afinal
Afinal em que ficamos? Gostam mais de
ser milionários como eu me sinto ou da outra forma, a materialista?
Vá sejam sinceros, digam, não venham com a treta do costume, que o
dinheiro faz a felicidade, não podemos viver sem ele, etc.. E se
pudéssemos um dia estar noutro sistema, sem os males que este vem
causando desde que existe? Pensem que um dia vos poderá acontecer o
mesmo que àqueles que trabalharam durante dezenas de anos e, de
repente, ficam sem nada, sem esperança, sem meios de remediar esse
mal, sujeitos a pequenas esmolas. E refiro ainda: vendo que os
responsáveis, repimpadamente sentados nas suas cadeiras , usufruindo
uns míseros cinco ou mais milhares de euros mensais, nem teem
responsabilidade alguma no que permitiram e só acrescentam
politiquices aos seus méritos.
domingo, 30 de outubro de 2016
As mágoas que esta
vida me tem dado
Ao ver tanta miséria neste mundo
Admiro a sorte que me entregaram,
Os prazeres na lembrança conservando
Se virtudes possuo não as sentindo,
Os defeitos sempre me lembrando.
Que devo viver sem compensações
Ao ver tanta miséria neste mundo
Admiro a sorte que me entregaram,
Os prazeres na lembrança conservando
Se virtudes possuo não as sentindo,
Os defeitos sempre me lembrando.
Que devo viver sem compensações
.
Não sou traficante de maldades,
Tenho santos de paredes meias,
Não me importa a minha idade.
Abro portas, busco fantasias,
Parto tetos, encontro realidades.
E perturbando o o meu dia a dia,
Rôo as unhas sentindo tanta saudade.
Vou passeando
. Pela
estrada da vida, pelo calor dos teus afagos, pela ternura dos teus
carinhos.
VouVou andando, seduzindo-me pelas flores, pasmado com a luz, encantado com as brisas.
Vou voando, nas asas da esperança, seduzido ao teu amor, no ceu da minha paixão
Vou percorrendo alguns passos do passado, pisando firme os mistérios, tomando o rumo desse encanto.
VouVou andando, seduzindo-me pelas flores, pasmado com a luz, encantado com as brisas.
Vou voando, nas asas da esperança, seduzido ao teu amor, no ceu da minha paixão
Vou percorrendo alguns passos do passado, pisando firme os mistérios, tomando o rumo desse encanto.
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
Ainda nenhum distinto economista me explicou com argumentos válidos porque é que a deflação ou a estagnação dos preços, é prejudicial.A deflação é a estagnação ou a diminuição dos preços de tudo o que compramos, em particular daquilo que não podemos deixar de adquirir para viver em condições razoáveis de decência. É do agrado de todos
os que têm fracos rendimentos,
em particular dos pobres e dos mais pobres. Ou seja: pelo menos no
nosso país, em Portugal, a maioria da população. Então que
palhaçada de democracia é esta que não respeita os desejos da
maioria?
A deflação não agrada,
sobretudo aos bancos e aos agiotas: provoca baixa dos juros.
Visita do PR a Cuba
O presidente da republica visitou Cuba
Em viagem oficial o senhor presidente da nossa republica visitou Cuba.
Respeitando a instituição participou activamente no folclore local, cantando e batendo palmas perante um grupo de baile . E visitou Fidel de Castro que se faz substituir pelo seu irmão para continuar a ditadura.
O senhor presidente da republica de Portugal regressando, declarou que a visita foi um sucesso.
Em viagem oficial o senhor presidente da nossa republica visitou Cuba.
Respeitando a instituição participou activamente no folclore local, cantando e batendo palmas perante um grupo de baile . E visitou Fidel de Castro que se faz substituir pelo seu irmão para continuar a ditadura.
O senhor presidente da republica de Portugal regressando, declarou que a visita foi um sucesso.
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
Ando à procura de mim. fugi
por entre a multidão dos sonhos e das fantasias que me fazem
cócegas na esperança, na minha presunção, não aquela que
acompanha a água benta saída da fonte da desconfiança mas a
outra, a que emana da saudade.
Porém, qualquer procura
pressupõe uma necessidade. Acontece com muitas coisas como acontece
com o ar: quando escasseia, quando nos falta, passamos a buscá-lo
com ânsia. E acontece que muitos de nós não sentimos outro muito
que temos à nossa amor disposição e que não sentimos porque não
escasseia, nem nos falta. Acontece p.ex. com o que alguém nos
dedica : mais sentimos a sua ausência quando desaparece ou se dilui
com a distância.
A violência da palavra,
acompanhada pelo alarido e pela maledicência, é a ferramenta que um
mau político emprega, convencido que o público é o que aprecia.
A hipocrisia oculta na suavidade
da palavra, vem ocupando lugar à volta do conhecimento, que deverá
ser um núcleo do saber e da sabedoria. Impedirá que este se
enriqueça.
São duas ferramentas
intelectuais, a violência da palavra e a hipocrisia, entre muitas,
que muitos utilizam para atingir objectivos menos dignos, menos
cavalheirescos, impróprios dos que pretendem singrar no caminho da
verdade.
Não me debruçarei sobre as
ferramentas que se destinam a suavizar ou a efectuar qualquer
trabalho, são do conhecimento geral. Tem aqui mais importância as
que são intelectuais ou que se destinam ao intelecto e que não são
de ferro ou de qualquer outro material, empregam os recursos da mente
em ideias , em objectivos do intelecto para atingir conclusões que
emanem do raciocínio. A memória é a ferramenta mais importante,
aplicada na utilização das ferramentas de diversas profissões –
o martelo, a bigorna, a foice, etc., mas também muito contribuindo
para as aplicações intelectuais da mente. A imaginação, a
criatividade, e a sabedoria, entre muitas outras, são ferramentas
imprescindíveis para o bom artesão das coisas do espírito A
bondade e a maldade são utensílios da mente que definem e
caracterizam o carácter do utilizador.
A manifestação duma virtude ou
dum defeito, pelos actos, não pela palavra, são ferramentas
subjectivas que de igual forma definem carácteres e tendências.
E pouco se faz, quase nada se
consegue sem a utilização de todas.
terça-feira, 25 de outubro de 2016
O tempo
O tempo
Para
Aristóteles no tempo poderiam ser distinguidas três partes, duas
extremas e uma central: passado, presente e futuro; qualquer das
partes com duração desconhecida. E, em seu entender, o tempo seria
uma entidade potencial, cada instante podendo-se traduzir em acção,
num acto. Dizia “ o tempo não é, porque ele será, ou já foi”.
Para cada
um de nós o tempo passado e o tempo futuro, é permanentemente
acrescentado e interrompido pelos agoras, pelos infinitos agoras que
juntos nos vão fornecendo os tempos futuros e os tempos passados.
Quando
dois indivíduos se encontram podem dizer: agora vamos ali. Mas, se
estão separados, não poderão dizer o mesmo, como verdade. O
simples facto de que o som dessa palavra tarda uns segundos a chegar
aos ouvidos do outro, invalida a possibilidade de terem dito a
palavra no mesmo momento.
Outra
particularidade interessante do tempo é a sua volubilidade e
inconstância.
Mais que na
meteorologia – esse tempo prevê-se hoje com razoável grau de
acerto -, o tempo genérico percepcionamo-lo de forma muito diversa,
muito de acordo com as circunstâncias. O tempo decorre, o tempo
passa para um estudante mais lento ou mais veloz durante as aulas,
durante um exame, durante um beijo. Um minuto em cima de uma chapa
fria chateia-nos, temos mais que fazer; um minuto em cima duma chapa
em brasa parece que nunca mais acaba.
E se nós não
existíssimos, haveria tempo, existiria o tempo?
No silêncio
Deus está no silêncio donde
viemos e naquele para onde todos iremos.
Mas não é assim tão simples o
que se passa ou o que se passou onde estávamos, quando viemos.
Porque é uma falácia tomar como verdade que viemos de qualquer
lugar determinado. E poderá ser uma pretensão vã dizer que não
viemos de qualquer ponto no espaço do passado.
A ausência de som é uma
definição do silêncio que nos parece incompleta. Porque depende
do estado do nosso aparelho auditivo que sem excepção, com a idade
perde qualidade, na avaliação da intensidade, da altura e do
timbre do som. Por perfeito que seja o exame, não se pode avaliar
por completo, como estão os nossos ouvidos. Os exames por
exaustivos que sejam não registam a percepção de variações
infinitesimais dos sons. Portanto não se pode estabelecer os
limites a partir dos quais deixamos de ouvir – ou ouvimos menos
bem ou ouvimos um pouco melhor.
Quando tiro os aparelhos que uso
para melhorar a audição, ouço pior, mas ainda ouço.
Só com um medidor de decibeis podemos
dizer que há silêncio. E, mesmo nesse caso, podemos dizer que pode
haver um som duma fracção dum decibel, fracção que o medidor não
regista.
Mas também nada sabemos sobre
para onde iremos quando abandonamos o universo que econtrámos
quando nascemos. Se ali há sons ou silêncio. Nem sabemos se é o
mesmo lugar, o mesmo espaço, o mesmo universo donde viemos.
Uma coisa é certa: tomamos
consciência dos sons depois que nascemos. A consciência depois que
nos finamos será a mesma? Duvido, porque dentro da consciência
universal é mais provável que exista um número infinito de
consciências diferentes. É um domínio de incógnitas das quais
apenas conhecemos uma e onde não temos qualquer possibilidade de
escolha.
Viémos de lá, para lá iremos,
o silêncio é um mistério tão grande como o da fé.
7 Sobre tudo
Não vou escrever sobre a teoria de tudo, da teoria
unificada ou unificadora expandida por cientistas do século passado
de Faraday a Einstein que começaram por unificar no tudo a teoria
da relatividade geral e o electromagnetismo. Não me envolvo em tais
campos porque a minha bagagem de física é muito pobre. Ainda que
procure mais tarde satisfazer a curiosidade nesses campos da ciência
não tenho intenção de chegar tão longe nesse estudo.
Interessa-me agora o resto desse tudo, aquilo que eu possa referir
respeitante ao tudo do espírito.
Na prática do nosso dia a dia pensamos e procedemos de
acordo com o que somos.
Mas não somos tudo, tudo não podemos ser. Não somos, o
nosso espírito não é uma peça solta duma máquina, peça que
actua como sobressalente ou que se coloca ali ou acolá, ou que
alguém dispôs numa prateleira aguardando outro dia. Mas como
sendo e fazendo parte dum todo universal, físico e espiritual, de
todos, a máquina universal.
Esse tudo que antes do Big Bang era ou poderia ser pouco mais
que um ponto . O mistério tem sido, para muitos, para sábios e
para leigos, quem fez explodir ou implodir esse ponto .E daí
partindo para outros mistérios, fora da nossa dimensão do
conhecimento e da natureza. Não estou falando de resignação, mas
da profunda convicção da nossa origem, da origem de tudo o que nos
rodeia, de tudo o que conhecemos - e de tudo o resto do tudo que
desconhecemos.
Pensamos e procedemos segundo o que sentimos. Intimamente ligados a tudo o que acumulamos num todo donde deriva tudo o que sentimos, tudo o que resulta, segundo a segundo, no nosso procedimento, nas nossas reacções, nas nossas decisões.
Pensamos e procedemos segundo o que sentimos. Intimamente ligados a tudo o que acumulamos num todo donde deriva tudo o que sentimos, tudo o que resulta, segundo a segundo, no nosso procedimento, nas nossas reacções, nas nossas decisões.
Acrescentamos momento a momento e na memória,
pormenores com maior ou menor influência no espírito,
modificando este de forma contínua, melhorando ou prejudicando-o
mas sempre alterando, ainda que de maneira indelével, as decisões
que tomamos daí em diante.
E esse tudo contido no espírito conserva-se sempre
disposto aceitar variantes guardando-as na balança da inteligência,
bem classificadas e atento a qualquer solicitação da memória
E continuamos sem saber tudo.Nem ter a pretensão, a
desfaçatez de conhecer tudo.
Ainda bem.
8 Sobre Deus
Ainda
desconhecemos quais as razões porque a Santa Sé não publica o que
tem guardado, oculto, fechado a sete chaves. sobre a vida de Cristo
entre os seus dezasseis e trinta e cinco anos de idade - sabe-se que
nesse período, andou pelo Nepal, pela India, que visitou os
monges lamas. E que, quando regressou a Israel, começou a pregar.
Não se referia ao deus da bíblia, criado nos séculos posteriores
pelos autores da mesma bíblia. Mas referiu-se sempre ao Deus
universal, ao Deus de todas as coisas, aqui na Terra e nos milhões
de galáxias de todo o universo. Nunca se referiu a um deus
vingativo, cruel, implacável, como o da bíblia. Cristo sempre
disse, segundo creio, que Deus está em tudo <<<,o que
existe, portanto é tudo o que existe no universo. Fazemos parte
dele, sejamos bons ou maus na avaliação que outros façam de
nós.
Por mim, sinto que existe algo muito distinto de qualquer coisa, pessoa ou animal,algo que nos rodeia. Sinto-o nas belezas que a Natureza nos concede, nos meus anseios, nos meus pressentimentos.
Sinto-o num sentimento que nunca me abandona em todos os momentos, suavizando-me os maus, acalmando-me, os bons. E que respeita toda a vida que me rodeia. Tudo o o que podemos sentir e perceber . Não sabemos se existem outras formas de vida, outra entidade diferente no tempo e que as regule, como o tempo regula a nossa.
Por mim, sinto que existe algo muito distinto de qualquer coisa, pessoa ou animal,algo que nos rodeia. Sinto-o nas belezas que a Natureza nos concede, nos meus anseios, nos meus pressentimentos.
Sinto-o num sentimento que nunca me abandona em todos os momentos, suavizando-me os maus, acalmando-me, os bons. E que respeita toda a vida que me rodeia. Tudo o o que podemos sentir e perceber . Não sabemos se existem outras formas de vida, outra entidade diferente no tempo e que as regule, como o tempo regula a nossa.
A humanidade mais antiga, na
pré-história, começou por adorar o fôgo.
Ainda na pré-história parece
que a mulher foi adorada como deusa mãe, deixaram-nos algumas
estatuetas de mulher a que chamavam venus.
Mais tarde veio a adoração do
Sol e a adoração de deuses simbolizados em figuras humanas. E só
no poucos séculos antes de Cristo, começou a adoração de Deus,
como criador de todas as coisas, de todas as vidas, do universo em
que estamos, onde surgimos sem conhecermos a nossa situação
antecedente, sem desvendarmos a força universal que determina os
nossos destinos e os destinos de todos os seres vivos na face da
Terra ou possivelmente sobre outros planetas nesta ou noutra
dimensão, se é que existem outras dimensões.
Deus. O nosso Deus criador, de
dimensão infinita, é-nos inantigivel, invisível e imperceptível.
Uma bactéria, uma alga, uma formiga não nos veem, não se
apercebem da nossa existência. Se tocamos com um dedo numa formiga,
sem a matar, a sua reacção é semelhante à nossa quando uma pedra
roça por nós, quando o vento sopra sobre nós: desviamo-nos ou
continuamos, impávidos, a percorrer o nosso caminho.
Um cientista israelita,
consultado sobre a existência de Deus, respondeu que Deus não
existe, que não acreditava que Deus existe. O simples facto de ele
ali estar, a pensar e a responder sobre Deus foi sintomático,
provou-me a existência de Deus.
9 Intenções
Vou abrindo a alma com a chave
da dúvida e libertando-a das grilhetas do pensamento.
Esta frase minha ainda que
incluindo algumas metáforas, também representa uma intenção, um
propósito, uma aplicação da atenção . E por mais que se
especule, falando de intenções, aparece sempre o aforismo “de
boas intenções está o inferno cheio”. Que também não é
justo, em muitas situações. Se a palavra tem o propósito de
exprimir dolo, ou intenção de matar, deveremos acompanhá-la
doutra que complete o juizo. Neste caso, o da intenção de matar, a
expressão latina “animus necandi”, exprime bem essa intenção.
Qualquer intenção pode ser o
resultado da vontade. Porém quando é um desejo escondido diz-se
que existe uma segunda intenção, segundas intenções ou uma
intenção reservada. E usa-se a expressão ”faço tenção”
para confirmar uma intenção reservada.
Para reforçar e valorizar um
desejo, anunciar boa fé, bom desígnio ou conselho de sossego,
emprega-se a expressão ”com as melhores intenções”.
Servimo-nos desse recurso íntimo
para realizar o que planeámos e nada fazemos de concreto se não
completamos as intenções com actos.
Qualquer intenção reservada
está guardada em banho maria. Porém, o tempo perturba quase sempre
as intenções, umas vezes fazendo esquecer as boas, outras vezes
suavizando as más.
Também há intenções
independentes da vontade. Quase sempre expressa por actos
institivos, reacções sem controle, intempestivas, perante
situações ou agressões inesperadas.
10 Se a idade perturba ou mais uma amenidade
Se a idade bem perturba
Quem de pouco se amofina
Vou dar uma grande curva
Deitar águas na sentina
Quem de pouco se amofina
Vou dar uma grande curva
Deitar águas na sentina
Se a idade bem
perturba
Transforma
fortes em fracos
Ñão é coisa
que me iluda
Sei sempre
juntar os cacos
Quem de pouco
se amofina
De trabalhos
não se livra
Não é em
qualquer cantina
Que como uma
boa corvina
Vou dar uma
grande curva
Nunca irei em
linha recta
O vinho que
está na cuba
Faz de mim
grande profeta
Deitar águas na semtina
É sempre uma obrigação
Essa é constante sina
Após boa evacuaçãoi
Deitar águas na semtina
É sempre uma obrigação
Essa é constante sina
Após boa evacuaçãoi
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