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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Folhetim - Sonho de sorte - 30 - autor - Alberto Quadros

                      - Espera, espera, já sairam os dois prémios maiores, já só fal...- E Fernanedo interrompeu a resposta, olhando fixamente para o televisor. E poucos segundo depois gritou para Julia, que se afastara:
                      - Julia, Julia, saíu-nos o terceiro prémio, tem o mesmo número do nosso bilhete!
             Julia regressou à sala, correndo, dizendo:
                      - Tens a certeza, Fernando? Confere bem. De quando é esse prémio, vinte mil contos?
             Fernando pegou no bilhete e viu, no verso duma das cautelas, que quantia obteria com o  terceiro prémio:
                      - São mil contos, Julia, olha que não houve qualquer outro sonho anunciando-me outros vinte mil contos!
              Julia pegou no bilhete, confirmou o valôr do prémio e interrogou o marido:
                      - Que vamos fazer com este dinheiro?
                      - Nem pensei ainda nisso, que achas? - E Julia respondeu:
                      - Parece-me que deves ser tu a resolver...
              Aí Fernando recordou a agradáel e profunda impressão que sentira após entregar ao empregado de mesa aqueles  cem contos do prémio do totoloto. Sensação que decerto se repetiria com esta nova oferta.Talvez aumentasse o prazer de dar. Lembrou-se que lera, numa citação, que o prazer de dar não tem limites, não diminui nem se transforma em tédio ou apatia. Que o prazer repetido de dar, não se transforma em vício ou qualquer perversão. Que quanto mais damos, mais sentimos ter aumentado algo de bom no nosso interior. Decidiu-se:
                      - Distribui-lo-ei - Declarou Fernando - e Julia, se quizeres, poderás colaborar.
              Durante o almoço conversaram animadamente sobre o prémio e sobre  a distribuição a efectuar, como fazê-la, como iniciá-la:
                       - Nada nos custará encontrar gente pobre, mil contos distribuiem-se num instante - disse Fernando enquanto deitava vinho no copo de Julia.
                       Até podemos começar na fábrica, temos lá gente muito necessitada, com brandes problemas. Lembras-te do modelador de que te falei ontem, lembras-te?

(continua)

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