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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Folhetim - Sonho de sorte - 28

                     - Não, os meus pais trabalham em Portalegre, num banco. Dentro de pouco tempo viremos viver par Lisboa. Viemos alugar casa, com tanta sorte que de manhã encontrámos um apartamento catita. Estamos aqui porque nos sobrou tempo e os pais resolveram vir almoçar a Sintra- E   Fernando, após alguns segundos de reflexão :
                     - Julia, acedita que as conincidências fazem parte do destino? -.E Julia respondeu ,falando devagar:
                     - Não sei, não sei se o destino força as coincidências, não sei se somos nós que as forçamos, não sei sequer se há destino, se temos o destino marcad, como diz um fado antigo...                   
                     - Com essa bonita voz tenho que ouvi-la cantar esse faso - disse Fernando.
                     - Não, não sei cantar e muiio menos o fado. E ^você, canta?
                     - Tambem não sou fadista, no entanto, para si até seria capaz, em "playback"..
               O pai Silvestre interrompeu-os, anunciando:
                     - Desculpem-me, temos de voltar para Lisboa, uns amigos esperam-nos para jantar.

                                                                           #######

               Um autor conhecido disse que não tinha surpresas, não existiam surpresas para ele e que quem as tem manifesta puca presença de espírito. Não concordo. Ele decerto não se referia às surpresas, digamos, materiais, as dos sustos, como a  do rebentar duma bomba ao nossso lado ou apanharmos em encontrão inesperado. É provável que se referisse ao pasmo, ao assombro, ao espanto por algo que contenha dose considerável de imprevisto. As surpresas fazem parte da vida, penso que estão inseridas no sentido da vida. Quer as surpresas momentâneas como encontrar na rua quem supúnhamos muito longe e de quem sentíanos saudade, ainda que atenuada pela distância; quer as contínuas e progressivas mudanças que o tempo nos proporciona ao sentirmos, por exemplo, a evolução magnífica da vida dos nossos filhos.
               Tambem fazem parte da vida as surpresas desagradáveis. É provável que os que sofrem de dificuldades nas análises e pouca presença ou concentração do raciocínio, sintam apenas estas últimas e que as outras, as agradáveis, não lhes firam a sensibilidade.
               Nós, porém, sentimos que todas são complementos importantes da vida.

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