Há muitos anos nasceu uma estrela
Dentro duma nebulosa muito mais tarde conhecida
E apelidada pelos homens de Via Láctea
Do seio dessa estrela saltaram pequenas fagulhas
Que se conservaram como muitas outras
Em permanente rotação, em permanente caminho
Pelo espaço, à volta da mãe estrela
Que até hoje permanece incandescente
Apagaram-se fagulhas, no espaço gelado
Os maiores dos seus núcleos secos
Continuarama durante esses milhões de anos
Caminhando à volta da mãe estrela
A que os homens deram o nome de Sol
Esta é uma das teorias da origem da nossa morada
Que há alguns milénios os seus habitantes
Decidiram chamar pelo nome de Terra
Nos seus movimentos de rotação à volta do Sol
Metade da Terra está sempre iluminada por ele
A outra metade permanece às escuras
Todavia antes que o Sol apareça de novo
A metade da Terra às escuras
Pouco a pouco vai sendo inundada
Por penumbra que clareia mais e mais
Até que o Sol desponta de novo no horizonte
Porém, durante esses minutos da luz matutina
E antes que o Sol comece a aquecer tudo o que ilumina
Por vezes, nalgumas regiões da Terra
Acontece um fenónemo que maravilha
Os que têm a dita de o observar
Seja no hemisfério norte seja no do sul
São grandes manchas ou nuvens multicores
E até por vezes um raio verde, em pleno céu azul.
Contaram-me que em muitas regiões da Terra
Acontece por vezes um facto raro:
Numa ou outra cidade, num ou noutro local
No crepúsculo matutino, andando pelo horizonte
Surge a maravilha daquele raio, de cor viva, constante
E que as crianças nascidas no mesmo dia
(Uma delas aquela a quem dedico este poema)
Trouxeram ao mundo olhos de cor verde, bem brilhante.
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