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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Folhetim - Sonho de sorte - 33 -

                                                          XI

               Julia e Fernando tinham uma bonita relação que não se alterara desde os tempos
 do namoro.
               Um dia depois de se conhecerem em Sintra, catorze anos atrás, Fernando
telefonou para casa de Julia. Atendeu Catarina, a irmã de Julia:
                      - Estou, quem fala?
                      - Fernando Garcia. Bom dia Catarina! Suponho que falo com a mana de 
Juilia, não?
                      - Ah! És o dos olhares perturbadores de ontem, para a minha irmã?
                      - Catarina, posso falar com a Julia?
                      - Ela está a trabalhar na tese de doutoramento, fica brava se alguem a
interrompe quando está a trabalhar...
                      - Catarina, diga-lhe que lhe telefono às nove, sim?
                      - Espere, espere, está aqui a Julia. - Disse Catarina, entregando o telefone
à irmã.
                      - Olá senhor Fernando Garcia. - E Fernando:
                      - Que tratamento tão cerimonioso...Julia...Não quero interromper por mais
tempo o seu trabalho...Quero vê-la, quero...

               Julia havia terminado com vinte e um anos, o curso de ciências económicas e preparava o doutoramento para o mês seguite. Tão jovem e prestes a doutorar-se, merecia, no dizer dos colegas, entrar para o "guiness". Mercê duma sólida formação moral, quando aos dezasseis anos se matriculou na faculdade, estava bem preparada para enfrentar os perigos que uma rqapariga jovem encara quando sai
quando sai do ambiente familiar provinciano e vai, entregue a si própria, para Lisboa. Os pais, ambos empregados num banco em Portalegre, não tinham família na capital, pelo que Julia alugou um quarto numa residência para estudantes universitários. Durante o curso teve dois namoros e, pelas histórias
da família e de muitos casos conhecidos em Portalegre, não tinha dúvidas que a atracção sexual era interessante porém pouco duradoura, os casamentos estáveis tinham  sempre fundamentos mais sólidos.
O primeiro namoro pouco durou porque  a e só lhe interessava o sexo. O segundo, pouco mais, porque o
namorado se embrenhava em discussões intermináveis tentando convencê-la da ideolotgia que abraçara. Até que ela um dia o despediu dizendo que tinha imensas possibilidades de aproveitar melhor os tempos livres.

(continua) 



         

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