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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Folhetim - Sonho de sorte - 40

                                                        XIII

            A conversa com os filhos à noite, decorreu animada, prolongando-se nessa sexta-feira mais do que era usual.Deitaram-se depois da meia-noite, às nove da manhã a família, tudo ainda em pijama, atacava o pequeno-almoço.
             Ao meio-dia, Júlia Fernando saíram de casa, no carro, para o encontro combinado com os amigos Carlos e Laura. Ao passarem diante do quiosque da senhora Augusta, viram-na sair  do seu lugar e chamar em voz bem alta:
                       - Doutora Júlia! Doutora Júlia!
             Fernando parou o carro  apeando-se em seguida:
                       - Que se passa dona Augusta, que se passa?
                       - Acabei agora mesmo de ouvir que o primeiro prémio da lotaria do Natal saíu no vosso bilhete!
             Júlia, que também saíra do automóvel, disse ao marido:
                       - Fernando, vê o bilhete, verifica bem o número.
                       - Já o tenho aqui, Júlia.
             A doma do quiosque, segurando na mão um papelinho, disse:
                       - Olhe aqui senhor engenheiro Garcia, o primeiro prémio saíu no trinta e um mil trezentos e oitenta e dois!
              Fernando tornou a olhar para o bilhete e, depois de observá-lo, manifestou-se, gaguejando:
                        - Jú....Júlia, não há dúvida....senhora Augusta quando tem a lista para que nos possamos certificar que não há engano?
                        - Engenhiro Garcia, na segunda-feira é que me entregam a lista da lotaria, mas olhe que os miúdos do sorteio repetiram várias vezes o trinta e um mil trezentos e oitenta e dois, repetiram também várias vezes o valor do prémio, ninca houve um engano semelhanbte, podem contar com o milhâo de contos! - e voltou para o quiosque onde comentou a notícia do prémio a alguns clientes, enriquecendo-a com muitos pormenores relativos à sua participação no acontecimento.
              Fernando guardou o bilhete na carteira e entrou no carro. Júlia, declarou de imediato:
                         -Continuamos com a sorte...Continuamos na maré de sorte. Isto faz-me lembrar a história de Angola que me contaste do...como se chamamva...um que lhe saíu o primeiro prémio da lotaria e depois, durante bastante tempo, em tudo o que jogava, tinha prémios..
                          - Ah, o Maurício!
                          - Esse mesmo...mas esse não distribuiu, não ofereceu os prémios, pois não Fernando?
                          - Não e não queiras ter a sorte que êle teve, coitado, viu-se milionário pouco depois de chegar a Portugal  mas faliu daí a dois para trâas anos, ficou pior do que estava antes. Admira-te qiue tenha faltado a uma promessa...mas nós não, nós vamos cumprir a promessa que fizemos ao homenzinho do sonho.
               Júlia esperou que o marido parasse o carro no parque. Antes de sair deu-lhe um beijo nos lábios e manifestou-se:
                           - Nunca nos zangámos nem por dinheiro nem por nada...Mais uma vez estamos de acordo, vamos distribui-lo, dar o prémio.
                           - Óptimo querida mas agora o que te proponho é que não falemos disto ao Carlos ou à Laura.
                           - Nem por sombras. Temos é de pensar na fundação, na FUPAQN.
Segunda-feira iremos investigar quais são os trâmites legais. Oxalá não nos surja muita burocracia pela frente.
                            - Júlia - declarou Fernando entregando-lhe o bilhete da lotaria - guarda o bilhete e deposita-o no banco quando lá fores.
                            - Poderia talve ir à misericórdia confirmar o prémio...Não, também me parece que será melhot ir ao banco, o gerente confirmará o prémio pelo telefone e passa-me um título de depósito. Assim, poderemos manter o sigilo. O gerente é pessoa de confiança...Olha! A Laura e o Carlos já chegaram.

(continua)   
        

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