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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Cantar alegrias, cantar tristezas - dedicado a Gabriela Mistral

Talvez seja pela idade, pela saúde ou pelo feitio
Não me inclino para o conversar triste, para o estar triste
Para escrever sobre assuntos ou temas tristes.
Todavia, gosto muito de ler a poesia de Gabriela Mistral
A grande poeta chilena bem merecedora do Nobel concedido
Que tanto e com tanta beleza, tanto cantou
Em muitos poemas dedicados à tristeza e à alegria
E que são bem pouco recordados.

Mas, que querem? Sou assim.
Talvez pela idade, pela saúde ou pelo feitio,
Nunca me sinto inclinado, quando escrevo,
Para a tristeza, para o soturno, para as agruras. Prefiro explorar primeiro as alegrias,
Que esta vida, esta gente, estes tempos,
Me estão concedendo todos os dias
Sem me obrigarem a qualquer compensação.

Assim não deve ser,dir-me-ão
A poesia tudo abarca, tudo alcança, tudo canta.
Tanto canta as agruras como as tristezas, o belo como o disforme,
Tanto vai ao palácio como à cabana,
Provoca lágrimas, dá-nos sorrisos.
Talvez que um bom poeta tudo cante.
Mas que querem? Não passo disto,
Talvez pela idade, pela saúde ou pelo feitio.

Ou talvez porque lendo sobre a tristeza
Os versos lindos de Gabriela Miatral
Sinta alegria suave pelo que ela escreveu
E nos deixou, ao presente e ao futuro,
Em sonetos e poemas magistrais.
Porque os seus versos, de profundos sentimentos,
Pela imensa riqueza que noa concedem,
Nos trazem esse júbilo, essa alegria.

                      "Si yo ye odiara, mi odio te daria
                        En las palabras, rotundo y seguro.
                        Pero te amo y mi amor se confia
                        A este hablar de los hombres tan oscuro!"
(No poema "El amor que calla" de Gabriela Mistral)

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