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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Folhetiim - Sonho de sorte - 84 -

                                                                       XXXIV

                 Quando em reunião de amigos ou de ocasionais conhecidos, se aborda a hipótese de se acabar com o dinheiro, os comentários são, mais ou menos, êstes:
                         - Isso é um absurdo!
                         - Voltamos à idade da pedra, com o sistema de trocas e baldrocas..
                         - Isso nem se pode considerar, é impossível existir uma sociedade sem dinheiro.
                  Alguns, mais avisados e mais ilustrados, vão mais longe::
                         - É uma hipótese fantasiosa que nem se cosidera para discussão ou consideração.
                         . Nem um prémio Nobel se lembraria de tal.
                         - Nem os chineses...
                  Mas, de facto, nem Milton R. Friedman, prémio Nobel, quando escreveu "Liberdade para escolher", nem outros "Nóbeis" da economia mais modernos, aceitaram ou se lembraram sequer de admitir tal hipótese. Porquê? Não por falta de coragem, de inteligência ou de poder. Para mim, essa lacuna existe em toda a literatura versando a economia pot uma única razão, que incluo nos parágrafos seguintes.
                  Desde os ultra liberais aos ultra socialistas, todos, apesar de grandes manifestações de democracia e de liberdade, todos se têem resignado a aceitar a existência de um muro, mais difícil de derrubar que o muro de Berlim, um muro que é um mal, o dinheiro. Pior que o extinto muro, porque é uma barreira invisível que os convenceu que não se ultrapassa. Inclusivé, todos os que lutam  nos "media" contra a opressão, a escravatura, a direza das ideias "incontornáveis" propagadas por ditaduras camufladas, subterrâneas, que se aproveitam da ingenuidade das "camadas"( que termo horrível) mais influenciáveis do povo e portanto mais permeáveis a tudo o que lhes seja gritado pela propaganda ou dito em surdina pelo boato preparado e munido da camuflagem suficiente.
                 Eu, no enttanto, vou aventurar-me numa irreverência perante a leis económicas actuais, através de uma análise resumida dalguns prós e contras, tentando justificar os primeiros e rebater os segundos, aceitando e agradecendo qualquer argumento para discussão. Mas ninca me submetendo a leis, regras ou ditames que me apontem qulaquer perspectiva como certeza para o futuro da economia. Esta, sujeita a tantas variáveis conhecidas e outras por conhecer, não permite - nunca tem permitido - definir o futuro, em particular o da macro economia.

                 Começo pelos contras:
                 C (contra) 1 - Sem moeda, como será possível adquirir qualquer artigo, não se utilizando o sistema arcaico das trocas?
                 R(resposta) - Cada artigo terá o seu valôr expresso em méritos, não representando êstes uma moeda em circulação. Na central  de méritos cada indivíduo poderá saber se tem méritos suficientes para adquirir qualquer artigo que necessite.
                 C2 - Como será pago qualquer trabalho?
                 R - Igualmente em méritos qiue serão creditados na conta do prestador do serviço e debitado em méritos na conta de quem beneficiou do serviço.
                 C3 - Como se financiará o orçamento do Estado?
                 R - Através duma taxa que incidirá no preço de custo de qualquer artigo. Toda a indústria será cada dia que passe mais propriedade da comunidade, visando a ausência de lucro. A mesma taxa incidirá sobre qualquer trabalho prestado por qualquer pessoa a qualquer entidade como por exemplo  o seviço prestado por um jardineiro  ao dono duma vivenda.
(continua)    
                             

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