Tomei resoluções importantíssimas para a minha vida, para os próximos dezanove anos da minha vida. Peço desculpa se os afecto, está na moda pedir desculpa como se isso de pedir desculpa contribua dalgum modo de ficar sem as culpas do meu cartório, não tenho cartório nenhum, já tive um escritório, sim, saibam os ignorantes e os entendidos que já tive um escritório, com secretária, máquina de escrever, arquivos e armários metálicos, umas belezas reluzentes de armários metálicos que até o Al Capone, se fôsse vivo invejaria se a inveja fôsse tinha o Al não tinha morrido das tareias que lhe deram quando foi preso, os malandros dos americanos prenderam-no por êle fugir aos impostos, ao menos o Al, se não fôsse tão egoista podia ter deixado a biblia da fuga aos impostos, sempre lucraríamos alguma coisinha da passagem dêsse indivíduo cá pela Terra. Vou continuar hoje ou amanhã a escrever sobre a tinha, essa doença desaparecida mas hoje ainda tão desejada ou não se diga amiúde ou seja, por aí e por aqui, se a inveja fôsse tinha.
As resoluções importantíssimas que adotei, não adotei ninguém nesta vida mas adotei uma data de resoluções importantíssimas que aos costumes digo nada para vossa melhor surpresa amanhã ou depois, sabe-se lá quando.Não adotei ninguém, criei os nossos quatro filhos, meus e mais da minha consorte, que toleima dizer que a esposa é uma consorte depois de cincoenta e nove anos de casados e mais um de namôro sem malandrices, sim, é verdade, sem malandrices, tomem lá esta lição, grátis, de borla.
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