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terça-feira, 3 de abril de 2012

Folhetim - Sonho de sorte - 74 -

          Entrando em casa, Júlia saíu do mutismo que mantivera enquanto conduzia:
                    - Li há muito tempo, qualquer coisa sobre a miritocracia, se bem me lembro o autor referia-se muito ao senttido negativo , nm sentrido maldoso para a palavra dizendo  não haver forma de mudar os valores que carcterizam o mérito, nem o maior ou menor capricho na sua selecção.
                    - Júlia, também consultei alguma bibliografia, não há muito sobre isso, o mais interessante que li foram referências a Confúcio e a um outro filósofo chinês. Hajam Feil, que peopuseram uma ideologia próxima da meritocracia. Não lhes puseram um nome mas naõ me  repugraria que essa ideologia se chamasse meritismo ou meritocracia, uma ideologia que não consta exista na nossa plítica.
          Os filhos haviam chegado, ocupando-se no quarto conmum  com os trabalhos escolares. Pelo que o casal se sentou na sala, continuando o mesmo tema:
                    . Então o teu meritismo, essa nova ideologia, vai solucionar o problema do dinheiro e da sua  falta se a fundação esgottar as reservas? Explica, conta-me.
                   - Fernando, temo-nos referido a isto. os méritos poderão substituir o dinheiro desde que encontremos a fórmula para os avaliar. É o que me parece mais difícil.
                    - Se souberes avaliar o mérito, não me parece mais fácil depois dessa avaliação, que seja simples  acabar com o dinherio. Alás jás se conhece muito bem o méritot de muita gente. Mas duma forma faga , imprecisa.
                    - Sim, Júlia, podes conhecer o mérito de muita gente mas ainda não conheces um método da sua avaliação quantitativa, de forma quantitativa. Alguns méritos já são medidos, como por exemplo o do maior ou menor conhecimento das matérias qye os nossos filhos estudam no liceu. Mas são medidas aplicadas a quadros restritos e que não sevem para avaliar a aptidão para outras tarefas que necessitam de diferentes capacidades.
                    -Procura dar-me um exemplo. 
                    - Um exemplo...Não vás mais longe, para avaliar a tua ocupação de todos os dias.
                    - Então, como pensas que poderás avaliar o que faremos no futuro?
                    - Tenho talvez a solução contudo ainda  nos teremos de ocupar muito com ela.
                    - Explica,Fernando, explica!
                    - O meu método...Bem, teremos de lembrar algumas coisas importantes e que actualmente ainda se consideram  essenciais. Hoje os pólíticos  continuam a dizer que deve haver igualdade de oportunidades para todos, Nos Estaddos Unidos, em toda a Europa, ouvimos esta música desde há muitas dezenas de  anos. Em todo o mundo, com raras excepções, o filho da empregada doméstica não teve nem tem apoios parecidos aos do filhodo patrão,seja no ensino seja na assistência médico-hospitalar, com a consequente menor formação, que na realidade não lhe permite aproveitar as melhores oportunidades. Não excluindo as conhecidas excepções.
                     - Isso é puro marxismo!
                     - E qual é o problema, Júlia? Sei, como tu sabes melhor do que eu, que Marx tevce razão nisso, nisso de que o homem e a mulher devem ter à nascença,na adolescência e depois, com formação semelhante, igualdade de oportunidades. Na Filândia, um dos raros exemplos, acontece, conhecemos os resultados, e não são marxistas.
                     - Bem, Fernando, explica o teu método.
                     - Baseia-se no seguinte: tudo o que existe poderá ser avaliado com esta nova unidade, o mérito. Qualquer objecto, qualquer serviço, poderá ter o seu valor em méritos.
                     - Não me parece que seja esse o melhor nome para a unidadde, devemos encontrar um nome universal, não uma palavra portuguesa...Mas deixemos isso para mais tarde, por agora continua a explicar como avaliarás tudo em méritos.
                     - Surgem dois problemas. O primeiro será o de saber quem avalia e como avalia. Quanto aos objectos, é uma tarefa enorme mas não é difícil. Oque me parece mais difícil será dar o valor justo ao trabalho de pessoas diferentes, de profissões diferentes, sob condições diferentes, em países diferentes.
                     - Não podemos ir tão depressa. Como dizia o meu pai, vamos por partes. Primeiro devemos assumir que o dinheiro não entra na avaliação por méritos e que êstes seão usados para adquirirmos seja o que fôr que necessitemos, seja qualquer artigo seja a prestação dum serviço qualquer. Mas, para profissões diferentes como se avaliará o trabalho?
                     - Poderá parecer complicado. Não será. Agora também avaliamos o trabalho, empregando a moeda que usamos.Também se poderão empregar os méritos... A hora  de trabalho será paga em méritos, pelo valôr que a tabela atribua a essa profissão. Até com um único valôr para cada profissão, ou sem tabela, como agora acontece em muitos casos. Não fiques admirada que assim possa ser. Todos sabemos que há canalizadores que ganham mais que muitos engenheiros, há especialistas em pequenas reparações que ganham mais, por hora, que muitos juizes. Bem. o caso dos juizes édiferente, existe uma tabela, são funcionário públicos, a tabela é conhecida. Todavia Júlia, voltamos ao mesmo, não existirá moeda. Poderemos agrupar as profissões em meia dúzia de grupos e atribuir para cada grupo o valor em méritos por cada hora de trabalho ou de prestação dum serviço. Cada cidadão terá o seu saldo em méritos numa conta existente na central local, na nacional, ou até mesmo, na mundial. 

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