XXX
Decidiram que o tema da noite seria o mesmo que o das noites anteriores. António sugeriu:
- Mãe! Pai! Esta noite poderíamos falar outra vez daquele tema do dinheiro, dinheiro não existir no século trinta, das consequências...- E o Francisco lembrou:
- E do que teremos de estudar nesse século!
A surpresa dos pais foi evidente. Júlia, admirada, deixou cair no prato o garfo e a faca:
- Meninos, vocês estiveram a ouvir o que nós conversávamos há momentos?
- Não , mãe!- Disserem os dois filhos ao mesmo tempo.
- É que eu e o vosso pai falámos disso quando vínhamos para casa e enquanto aqui na sala esperávamos por vocês.
- Oh mãe, diga lá o que é que teremos de estudar no século trinta...
- Pois olha Francisco, com o projecto que o vosso pai está gizando é natural que no século trinta não precisem de estudar nada sobre dinheiro.
- Então porquê?
- Porque se o projecto do pai fôr por diante, o dinheiro, no século trinta, passou
à história há muito tempo e será assunto para estudar apenas como uma má
recordação dos milénios anteriores.
- Mas na fundação onde a máe e o pai trabalham, se o dinheiro acaba também acaba a fundação!
- E quem te diz a ti que o objectivo da fundação não vai contribuir para acabarmos com o dnheiro?
- Entã os pais perdem o emprego, lá se vão as nossas mesadas...
- Primeiro que tudo e temos falado nisso, vocês sabem que a FAP pode ter mais objectivos. A FAP foi estabelecida , indica-o o seu nome, como fundação para auxílio do pôvo. Pode abranger muitas formas de auxílio.
- Quais são as outras, pai?
- Nos dias actuais, além de distribuirmos ofertas em dinheiro, estamos investindo em fábricas que empregarão e ocuparáo muita gente. Isto situa-se dentro doutro objectivo que é o de reduzir o desemprego, dando a muitas famílias a possibilidade de ter o suficiente para uma vida decente. - E o filho mais velho referiu:
- Pai, lá na minha turma há um aluno que diz que os pais durante a crise foram os dois despedidos, que já têem a dispensa vazia, eu posso dizer-lhes que tens emprevo para êles?
Fernando olhou para Júla, entendeu o sinal e respondeu:
- Não, diz-lhe apenas que marque pelo telefone uma hora para aparecer na fundação. Temos de fazer uma entrevista a toda a pessoa que nos pede emprego. - E o António insistiu:
- Mas não podem dar-lhes já o emprego?
- De qualquer pessoa que contratamos temos que saber antes a formação que possui e muitas outras coisas. Por exemplo, ver como se comporta, como se apresenta e fala, os cursos que frequentou. São os intuitos das entrevistas.
- Pai, sempre vão construir uma fábrica de produtos alimentares?
- Sim. Mas estamo-nos afastando muito do tema desta noite, o que é que aprenderemos e conheceremos no futuro ou o que teremos de aprender ou desccobrir no século trinta e um. E o dinheiro. Mas a mãe Júlia tem a palavra. - e Júlia continuou:
- Até lá e com a velocidade a que surgem novas realizações, produtos novos, consequências de novas ideias, parece-me que podemos prever algumas. Por exemplo, os tranportes e os teletransportes. Destes últimos , há umas dezenas de anos que a televisão e o cinema nos têem proporcionado muitas histórias mas de verdadeiro até agora só demos alguns passos muito ténues, Outra previsão que podemos fazer é no domínio dos combustíveis ou das energias que poderemos utilizaar no futuro. Deverão ser muito menos ou nada poluentes em relação aos que agora utilizamos, podendo obter-se muito maiores velocidades que as que hoje se atingem. Com as actuais não é possível atingir zonas do universo a anos de luz de distância da Terra.
- Que combustíveis irão usar?
- Tudo o que existe no nosso planete poderá ser usado como combustível, irão aprender isso mais tarde. Mas não nos desviemos do tema desta noite, as consequências que surgirão dos humanos que habitarem a terra, de os humanos que habitarem a Terra não usarem dinheiro na sua vida.
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