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quinta-feira, 15 de março de 2012

Flolhetim - Sonho de sorte - 60

                                                                XXII                

                   Uma semana depois Júlia, Fernando e um administrador da TV assinaram o contrato para duas reportagens no exteriot e uma terceira na sede da fundação. Esta última iniciou-se por algumas imnagens do exterior do edifício a que se sguiu um pequeno comentário da locutora.:
                             - Senhores teleespectadores estamos à porta da side da fundação de auxílio ao povo, fundação conhecida por FAP e cuja acção beneficiou e continua a beneficiar algumas dezenas de milhares de pessoas que vivem em concelhos na margem sul do Tejo.
                   A locutora, seguida pelo "cameraman", dirigiu-se a um dos distribuidores que saía da sede e se encaminhava para o parque de estacionamento:
                              - O senhor trabalha nesta fundação?
                              - Sim, sim.
                              - Pode dizer para os nossos teleespectadores o que faz, em que se ocupa no seu trabalho dirante o dia?
                              - A minha ocupação dirante as manãs consiste em entregar envelopes como êste que aqui trago - e abriu a pasta de cabedal extraindo um envelope fechado que apresentou à câmara de filmar.
                              - Pode-nos mostrar o que contem esse envelope? - perguntou a entrevistadora.
                    A norma que todos os distribuidores seguiam era de que os envelopes só poderiam ser abertos pelos beneficiados, cujo nome estava sempre escrito na frente dos sobreescritos. Pelo que o entrevistado respondeu:
                              - Não posso, é uma norma da distribuição, êste envelope, como todos os que entregamos, só poderá ser aberto pelo contemplado, cujo nome figura aqui . e mostrou a face do envelope com um nome e apelido escritos.
                              - Mas pode dizer-nos o que contêem èsses envelopes?
                              - Podem conter dinheiro ou podem conter cheques.
                              - Dinheiro ou cheques de quanto?
                              - Cinquenta contos! - disse o distribuidor.
                              - Cinquenta contos, assim tanto? Todas as ofertas que fazem são de cinquenta contos?
                              - Sim, julgo que sim, todos os jornais que falam da nossa distribuição
já o referiram. Desculpe-me eu não posso demorar mais, tenho uns colegas esperando-me  e despediu-se.

                     A entrevistadora Clara Renato possuía larga experiência na TV, experiência a que aliava os seus bons atributos físicos, alga bagagem cultural e simpatia natural. Era considerada como a número um  e, o que é mais de realçar, a melhor classificada entre os colegas da profissão. Detentora de "curriculum" invejável que a impunha para as reportagens mais delicadas, mais complexas e mais importantes na realização do objectivo mais valioso duma empresa de televisão, o "top" das audiências. Quando surgiam grandes problemas, grandes mistérios ou grandes complicações que poderiam enriqueeer os noticiários, Clara Renato era a escolhida para realizas as reportagens, sendo esta uma das mais melindrosas que lhe haviam sido confiadas.

                      Depois da pequena entrevista á porta da FAP, a equipa de televisão foi acompanhada por um segurança até ao gabinete de Júlia que, avisada pela secretária, já os esperava. Clara Renato apresentou a sua equipa, fixou a câmara e reiniciou a reportagem:
                               - Estamos no interior das instalações da fundação de auxílio ao povo, temos nunto a nós a directora, doutora Júlia Silvestre que iniciou, com o marido, engenheiro Fernando Garcia esta obra - e dirigindo-se a Júlia - diga-nos, senhora directora, quais são os objectivos principais desta fundação?
                                - Esta fundação, a FAP - respondeu Júlia dirigindo o olhar para a câmara - teve como primeiro objectivo a disribuição de ofertas a pessoas necessitadas. Não tem qualquer objectivo político ou qualquer interesse de ordem pessoal, espero que não restem dúvidas.
                                 - As receitas da fundação que origem têem?
                                 - As receitas desta fundação, na actualidade e de acordo com seus estatutos, provêem de donativos, prémios e ganhos diversos provenientes de investimentos da fundação.
                                  - Posso perguntar que prémios são êsses? - e Clara continuou em tom incisivo - segundo consta, a FAP nestes quatro meses de actividade viu a conta bancária aumentar muitos milhôes de contos!
                       Júlia replicou de forma concisa:
                                  - São prémios, actualmente, de jogos como a lotaria, totoloto, etc.. Mas no futuro talvez os maiores prémios provenham dos cofres do Estado.
(continua)                             

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