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segunda-feira, 12 de março de 2012

Folhetim - Sonho de sorte - 58

                    Passados dois dias telefonaram da televisão oficial. A secretária de Fernando ligou-.lhe para o telemóvel encontrando-o numa reunião com vários distribuidores.
                              - Diga, Etelvina.
                              - Engenheiro Garcia tenho aqui, noutra linha, um director da televisão.
                              - Passe-me achamada, se faz favor...Sim! Quem fala?
                              - Estou falando com o engenheiro Garcia director da fundação para o pòvo?
                              - É o próprio.
                              - Senhor director, daqui fala António Mamede director de serviços do exterior da televisão, muito bom dia.
                              - Muito bom dia, que deseja, senhor Mamede?
                              - Senhor director, peço-lhe que nos autorize a fazer uma reportagem televisiva sobre a vossa fundação.
                              - A doutora Júlia, a outra nossa directora, penso que concordará. O melhor será reunirmo-nos para combinarmos tudo. Em princípio concordo com a vossa reportagem, haverá que discutir diversos pormenores. Agradeço-lhe que amanhã, se puder, às nove da manhã nos reunamos aqui na fundação. Telefonar-lh-ei esta tarde para confirmar.
                              -Combinado , engenheiro Garcia, amanhã às nove horas aí estarei.
                    Fernando telefonou de imediato a Júlia:
                              - Querida, tomei a liberdade de marcar para amanhã às nove horas, uma reunião com o representante da TV. Se tens algum compromisso podemos marcar outra hora.
                              - Não, está bem, não tenho nada marcado. Devemos pensar primeiro o que lhe vamos dizer, tentar adivinhar algumas das peerguntas que nos irá fazer. Daqui a pouco, antes do almoço, poderemos trocar umas impresssões sobre a entrevista com esse endivíduo.
                    Duas horas depois, quando Júlia chegou ao restaurante, Fernando, que a esperava, perguntou logo:
                              - Júlia, pensaste no assunto da TV?
                              - Desde que falámos ao telefone que não penso em mais nada. Olha , eu acho que temos de ser muito directos, duros e irredutíveis no que vamos dizer a êsse senhor da TV, o que vamos exigir e o que podemos aceitar. Prometeste-lhe ou concordaste com alguma proposta dele?
                              - Júlia, procedi como sempre, avisi-o que nada podia decidir sem a tua concordância.
                              - Um beijo para ti, como tu dempre me dás nestas ocasiões.
                              - Que injustiça.Só nestas ocasiões?
                              - Que bom é misturar o prazer com a ocupação. Conta-me cá as tuas ideias sobre a TV, o que pensas que êles quererão reportar.
.                             - Bem, primeiro, penso que êles querem investigar e conhecer a nossa actividade, o que é a distribuição, etc..
                              - Sim tenho quase a certeza que as primeiras perguntas serão essas.
                              - Depois, Júlia, quererão com certeza dar uma volta pelas nossas instalações, fazer algumas perguntas aos nossos colaboradores que encontrem. Talvez proponham uma segunda reportagem noutro dia, numa volta pelo exterior, entrevistando um ou mais dos distribuidores e um ou mais dos beneficiados.
                              - Pensaste nalguma exigência a fazer?
                              - Ainda não, Júlia. Mas que exigências?
                              - Depois de conhecermos o que êle quer filmar parece-me que temos de lhe exigir alguma retribuição pela reportagem que lhe concedemos. É de prever que terão uma audiência muito acima da média, não? De certeza, pelas notícias que os jornais e revistas têem publicado sobre a FAP, de certeza que as audiênciass estarão nos máximos e justificarão portanto que êles nos paguem um bom "cachet", não concordas?
                               - Acredito, penso até que o director quererá que assinemos um contrato.
                               - Onde figure como prémio, não nos devemos esquecer, o que terão de nos pagar.
(continua)  

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