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sábado, 10 de março de 2012

Folhetim - Sonho de sorte - 56

                                - Podes crer e confiar sem qualquer suspeita, como eu creio e confio - respondeu Fernando.
                                - Queres-me fazer acreditar que se eu confiar cegamente na minha sorte, vou ser contemplado com milhões aos magotes? Que isso é possível?
                                - Carlos, talvez isso seja possível se tiveres o mesmo sonho e se acreditares que sim. O mais dificil, o mais difícil, será acreditares que não existem êsses impossíveis que a nossa formação, a nossa cultura e a nossa sociedade nos meteram na cabeça. Que, como lapas de incredulidade, dominam o raciocínio, condicionam o subconsciente e não admitem o conhecer ou o acontecer dum inesperado improvável. Aliás, na história universal há inúmeros exempolos, em todas as épocas.
                                - Teres êsse dinheiro todo, tanto dinheiro à vossa disposição, não haverá um linite? Por êste andar, qualquer dia a FAP tem mais receitas que as que constam do orçamento do estado português e dará trabalho a todos os desempregados.
                                - Carlos, porque não? Aquele americano, o Bill Gates, em poucos anos não passou a ser o homem mais rico do mundo? O problema que continua a existir é o problema do dinheiro, da sua existência, da sua necessidade para a vida, para a vida e, segundo pensam muitos, para a felicidade duma única especie entre todos os animais que existem na Terra, para o homem e para a mulher. O homem, há alguns milénios, inventou o dinheiro para tentar melhorar o sistema de trocas. Mais algumas centenas de anos inventará outro sistema de aquisiçãp de bens e preferi-lo-á ao antigo, para se sentir mais feliz. Há poucos dias eu e a Júlia, conversando com os nossos filhos, referimos como poderá deixar de existir o dinheiro, poderá aparecer uma máquina preparada para registar o mérito de cada um.
                                - Mas o BIll Gates explorou uma invenção sua que revolucionou a informática.
                                - Quem te diz Carlos, que eu e a Júlia não estaremos descobrindo algo que revolucionará as concepções aceites sobre as impossibilidades?
                                - Ora, ora! Com o auxílio do homenzinho do teu sonho.
                                - E quem te garante que todos os que enriquecem ou fazem enriquecer as suas empresas, não têem o auxílio de sonhos?
                                - Fernando, descobrir outra forma de enriquecer, que acabe  com o dinheiro, parece-me um enorme paradoxo!
                                - Voltas a referir-te apenas às riquezas materiais, lembra-te de Platão, Einstein, da madre Teresa, posssuidores de outra riqueza muito difetente. Podes ter a ceteza que serão muito mais rcordados que os milionários do século passado, na maioria já esquecidos. Olha, queres entender muito melhor tudo isto?
                                - Como, diz-me?
                                - Carlos, quando tiveres uma manhã livre passa pela fundação e vais colaborar numa distuibuição de envelopes, aceitas?
                                - Aceito. Não sei quando, agora tenho imenso trabalho na editora mas dentro de quinze ou vinte dias serei distribuidor durante uma manhã.

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               Até à adolescência ou até um pouco mais tarde, adquirimos plena consciência do nosso corpo. Nem todos adquirem plena consciência de si próprios como personalidades plenas, diferentes e isoladas de todos os outros. Quando uma mulher ou um homem têem uma percepção diminuta, incompleta dessa diferença, é mais uma ou um na multidão, têem hábitos de vida de abelha em colmeia, tomam, sem pensar as mesmas decisões que a maioria, facilmente são conquistados pela demagogia.                
                                  

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