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terça-feira, 6 de março de 2012

Folhetim - Sonho de sorte - 52

                                                                 IXX

              No início do ano a fundação beneficiava muitas centenas de famílias. O escrítório ocupava todo o andar adquirido, cinquenta agentes, homens e mulheres, efectuavam a distribuição de parte do dinheiro depositado no banco. Ao primeiro milhão de contos, a maior lotaria de Espanha forneceu mais algunss  milhões à conta bancária da FAP, que mantinha saldos confortáveis apesar da grande saida diária de fundos para a distribuição e outras despesas.
             Júlia, após a segunda semana de existência da fundação, discutiu com o marido alguns problemas, deixando para o fim o mais importante:
.                    - Fernando, para manter a acção da FAP dentro das previsões que fizemos, para manter o ritmo de expansão que projectámos, ainda são necessários mais alguns milhôes!
                     - Júlia, podemos tentar o casino de Monte Carlo, outras grandes lotarias na América, no oriente ?
                     - Nos jogos tradicionais dos casinos, só vejo a hipótese de encontrármos algum milionário muma mesa de "bacará", podemos ir a Monte Carlo no próximo fim de semana, sempre perdemos menos tempo que ir a Hong-Kong ou a Macau.

              No sábado seguinte, com os filhos em casa dos avós mtaernos, chegaram à hora do almoço a Nice. Alugaram um carro e foram almoçar no restaurante "belle epoque", situado perto do casino.
             No dia anterior haviam pedido ao banco em Lisboa que garantisse da gerência do casino de Monte Carlo um crédito para êles, de um milhão de dólares.
             Às cinco da tarde dêsse sábado, entraram no casino e foram de imediato à gerência, onde confirmaram a existência do crédito bancário.
              Nas salas de jogos não esperaram muito: às seis horas, na mesa de "bacará", quatro jogadores apostavam forte, com paradas iniciais de mil dólares. Um jogador moreno, aparentando sessenta a sessenta e cinco anos, falou árabe para um guarda-costas que, de pé e atrás dêle, o atendeu de pronto, entregando-lhe um cheque que o jogador preencheu, assinando-o e passando-o ao "croupier", de maneira despreocupada e indiferente.
               Júlia sentou-se num lugar ao lado do "croupier" entregando-lhe um cheque de duzentos mil dólares. O "croupier", depois de ler atentamente o cheque, fitou Júlia com um olhar sério e curioso, ao mesmo tempo que movia um botão situado debaixo da mesa de jôgo, gestoque não passou desapercebido a Júlia e a Fernando. Poucos segundos depois e antes que o "croupier" iniciasse a distribuição das cartas para a jogada seguinte, apareceu o gerente. Leu o cheque e entregou ao "croupier" uma mensagem escrita num papel que sacara dum pequeno bloco de notas, afastando-se depois de sorrir para Júlia, sorriso que acompanhou com uma pequena vénia.
               Júlia ganhou sete vezes seguidas ao árabe e, depois do jantar. Fernando, jogando na roleta dos mil francos, conseguiu, apostando nos máximos, ganhar nas cinco repetições do mesmo número o que, segundo lhes disse o gerente do casino, não acontecia há catorze anos.
               Às onze horas dessa noite saíram do casino levando cheques no valôrde doze milhões e quinhentos mil contos, passados pelo gerente do  casino em nome da FAP.
               A onda da sorte não abrandava. Júlia e Fernando nem por un instante duvidavam de que estariam sempre no topo da sorte. Que passara a ser normal nas suas vidas, que era um dom imaente e que se manteria inalterável e tão ao alcance como o ar que respiravam, como o calôr do sol.

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