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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Folhetim - Sonho de sorte - 118 -

                                                                                   LV

                 
                Já noite cerrada chegou o Gabriel. Passámos alguns momentos descrevendo o nosso dia na FAP.
                           - Gabriel trazes o fato macaco limpo, dantes, se ainda tens dessas lembranças, fato macaco liimpo  significava pouca aplicação no trabalho.
                           - E sujo significava pouca higiene, desleixo... És bom obervador, reparasteque todos os mecânicos das fábricas andam com fatos macacos que parecem novos, no enanto, todos, sem excepção, trabalham que se desunham.
                           - Colaboram, colaboram,,,- disse-lhe eu.
                           - Olha menino, vou-te proporcionar grátis, uma página para o tua história da FAP.
                           - Se, com grande esforço, consegues escrever, não aceito essa página. Na capa do meu livro só figurará um autor.
                           - Nem eu queria que a minha prosa  conspurcasse a tua, - e Gabriel continuou, sem ironia - não, oque te proponho, é que numa das fábricas observes como todos colaboram. Irás surpreeder-te. Felizmente a tua sensibilidade ainda reage às surpresas agradáveis.               
                Gabriel, com frequência, contava-me algum episódio acontecido nas fábricas. Eu tinha passado umas horas na biblioteca e nos escritórios da administração, coscuvilhando factos anómalos, bisbilhotanbdo intrigas internas e interrogando colaboradores por vezes com perguntas  indiscretas ou embaraçosas.
                           - Fruto das conversas que tive contigo e com muitos colaboradores da FAP, há um ponto comum: o tom optimista e a franqueza que parece existir em todqas as respostas e comentários. De referir a ausência total de maledicência. De início, visto que todos me conheciam e sabia no que estou empenhado, suspeitei que ninguém queria dizer algo de desagradável. Refinei as minha  perguntas e comentários de forma conspícua, procurei induzie ao mexerico, cheguei a insinuar suspeitas malévolas.
                           - Falaram-me dos teus processos...
                           - Gabriel, confesso-te, não são originais....
                           - Obtiveste algumas respostas pouco abonatónias para a FAP?
                           - Não, Gabriel. Nem muito nem pouco abonatórias, nem com lisonja.
              Nas nossas conversas, Gabriel procura por vezes espicaçar-me, alterar-me a clareza do raciocínio, pela força de qualquer zombaria ou pela recordação de algum pecadilho do meu passado.
                           - Lá porque és muito permeável à lisonja, em particular à lisonja proveniente do belo sexo, chegaste à conclusão de que ali tudo são rosas...
                           - Quando aumenta a idade, aumenta o poder de moderar as paixões pelo belo sexo e aumento o vício de outras.Também aumenta o tempo que empregamos a definir juizos, a avaliar caracteres e a tomar decisões. Gabriel, parece-me que terás uma opinião formada e completa.
                           - Sim, podes acreditar que sim.
                           - Então diz-me, como defines o espírito existente entre todos os da FAP?
                           . Primeiro irás, se quiseres amanhã vais comigo a uma das fábricas,  bisbilhotas onde e quanto te apetecer. Depois de observares o que te interesse, compararemos os nossos juizos. Agora, preparemo-nos para o jantar.



                                                                     LVI

                 No dia seguinte, às oito horas, o Gabriel levou-me, no seu carro eléctrico, até à fábrica. Fiquei surprreendido com o carro. Tão silencioso. Era mais forte o som das pneus no asfalto que o ligeiro zumbido do motor. Gabei a obra feita no véiculo:
                          - Sobre os carros eléctricos tenho o juizo formado. Pelo menos para os passageiros, não há dúvida que é um grande avanço. Quando deixarem as adaptações em usados e fabricarem todo o veículo, parece-me bastante provável que não vos faltarão clientes. Contudo, na economia, não me pronuncio sobre o sucesso ou insucesso, o que me admira é que vos deixem prosseguir. Gabriel, ainda não houve reacções?
                          - Esperava essa pergunta. Houve reacções. Não de modo directo mas sim sob a forma de ameaças anónimasl. Vedamos os terrenos das fábricas, temos seguraça policial  vinte e quatro horas por dia, cães de guarda e alarmes do mais moderno que existe. Porém , por precaução, não garantimos prazos nos contratos de venda da produção de qualquer das fábricas.
                Gabriel estacionou o carro eléctrico, adaptação dum Toyota com dez anos. No caminho avistámos o jardineiro, que pulverizava as roseiras. Parei para o saudar:
                           - Bom dia senhor Jesuíno, bom dia, como está? Sempre o vejo a pulverizar as flores!
                           - Bom dia senhor doutor. Pulverizo-as sempre no mesmo dia de cada semana - disse ele depois de tirar a máscara protectora.
                           - Continua a usar o mesmo veneno?
                           - Ainda bem que o doutor fala no veneno, queria pedir ao senhor Gabriel que lembrasse no armazém que hoje se acabou o "folidol".
               Entrámos na fábrica. Na linha de producção estavam alinhados dez carros de narcas  e cores diferentes, com as capotas dos motores levantadas. Mecánicos e os seus ajudantes procediam á adaptação dos motores eléctricos. No entanto, numa segunda llinha de montagem, estavam dois carros com "carrosseries" iguais. Gabriel apontou para estes últimos:
(continua)       

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