- Ai Gertrudes, maldito tempo, êstes calores parece que me chegaram outra vez os afrontamentos, hoje até tive de levar o guardachuva à praça, não aguentava o Sol, morrem-me os animais na capoeira con estes calores, ainda por cima lá em casa com o ar condicionado avariado. os suores molham-me as calças de dentro e as de fora, nem uma aragem prá gente se refrescar, não há meio de chuver pra não haver pobres na rua a pedinchar alguma coisinha, porquéqueu não comprei cem euros de refrescos no pingo doce, não me posso sentar ca cadeira me fica toda molhada dos suores das minhas nádegas, Arlete mulher, tu na sentes estes calores ?
- Olha Gertrudes cá pra mim agora é bom tempo, belo tempo prá praia, bom tempo pra secar a roupa na corda da marquise, bem tempo pra usar só uma tisharta ou andar nua pela casa, bom tempo pra arrumar as lãs no armário, bom tempo pra ver o rio, os vales e a serra tão limpos, até parece que nosso senhor faz brilhar tudo, a louça no lava loiças seca num instante, até há bom tempo na conta da electricidade, qem Junho vai sempre pra metade- Até o meu Gervásio anda com bom tempo, ele com os calores lembra-me sempre, diz-me sempre qo calor dilata os corpos.
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