No dia seguinte um carro da brigada do Cunene levou-me para Capelongo,uma pequena povoação a 200klm do Lubango, na margem do Cunene. A população resumia-se e cinco comerciantes portugueses e aos técnicos da brigada. Para dormir, foram-nos destirbuidas algumas cubatas "de pau a pique". Resumia-se cada uma destas cubatas a uma construção circular duns três metros de diâmetro.Enterravam na circunferência varas obtidas de ramos de árvores, afastadas vinte a trinta centímetros prenchendo o espaço entre as varas com terra amassada com água.O tecto, com capim bem seco formando um cone sobre outros ramos unidos ao centro da cubata e com uma espessura duns trinta ou quarenta centímetros. O chão, plano, em terra. Saíamos de manhã das cubatas com as caras cobertas dum pó castanho proveniente do capim dos tectos roido por insectos, os bosterquídeos.
Conheci alguns dias depois de lá chegar, um comerciante madeireiro, o Vitor Martins, duma família das Caldas, rapaz solteiro e que ali vivia com um irmão e a cunhada. Perguntei-lhe se não sabia de quem me pudesse alugar um quarto, não queria levar a minha esposa para uma cubata, a transição duma menina de Madrid para Angola não me agradava que fosse tão violenta. Mas, para meu descanso, propôs-me alugar um
quarto independente que estava vago na sua casa.
E alguns dias depois, num transporte da brigada, fui ter com a Mari ao Lubango e levei-a do Hotel da Huila para Capelongo.
Estávamos assim, instalados em Angola.
a Mari.
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