Sinto-me por vezes no lado esquerdo
E reparo que me falta o direito
É qualquer coisa subtil, etérea, abandonada,
Um leve movimento vibratório,
Que não existe porque se meteu antes no esquerdo
Sem admitir que foi para Sul ou Nascente,
Sem permitir o que se lhe consente,
Sem encontrar tudo o que aqui está,
Dem remoer mais que um pensamento
No almofariz enorme da esperança,
Misturando-o com o Leste ou com o Oeste
Fazendo estudadas negaças à fortuna
Não permitindo o que já está feito,
Nem admitir tudo o que resultou,
Depois de consultado o tratado,
Obtida a transparente solução
Do cruzamento daquela borboleta
Que provocou o mau tempo no canal
Ao encontrar-se com o coleóptero seu vizinho.
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