Julia, Fernando e os dois filhos, formavam uma família muito unida pelos sentimentos, educação e esperiências vividas. De forma admirável, haviam conseguido inculcar nos filhos tudo o que de melhor tinham herdado dos pais: a suavidado no trato, o desprezo pela inveja, a aversão pelas discussões inúteis, o gosto pelas artes. Naquela família, os anjos triunfavam sempre sobre os demónios, o Sol sobre as sonbras, a calma sobre a agressividade.
Encararam ambos a situação ocorrida, em silência, sem comentários. Já em casa, Julia disse:
- Fernando, os miúdos vão ter uma grande decepção, de manhã contei-.lhes, já começaram a imnaginar coisas... Logo à noite temos de lhes falar...
- Tenho esperança que apareça o homenzinho do sonho. Será dificil, não sonhamos quando queremos nem no que aqueremos, ningúém tem sohos "a la carte".
- Sim, esquece, depois do jantar aconversaremos mais, se nos sobrar paciência para tanto.
E passaram-se sete noites sem sonhos até que numa manhã ensolarada, Fernando acordou com os beijos repetidos da Julia.
- Fernando, querido, acorda... acorda! Agora serás tu que te vais rir do sonho que tive esta noite! - e continuou, perante o ar estremunhado do marido - Apareceu-me o homem dos teus sonhos parece-me que eu tenho mais encanto! - e acrescentou enquanto Fernando se espreguiçava - Então, não estás cheio de ciúmes por um homem por um homem me vir visitar?
- Qual homem? Ah! Sim, está bem, um homem num sonho...E a conversa foi longa?
- Não, muito curta, mas interessante, não queres saber?
- Sim, conta lá, conta, enquanto eu me preparo para o pequeno almoço...- E deram outro beijo, continuando a despertat diversos apetites.
Julia há muito que se habituara, nas conversas com o marido, a múltiplos compassos de espera. Até durante o namoro assim havia sido, a primeira resposta rápida, nessa época, havia surgido ao aceitar-lhe o pedido de casamento e o beijo que se seguiu.
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