Se tenho cócegas, não me coço
Posso fazer sangue, um infecção, uma septicemia
Sei lá que mais
Se tenho sono não me deito
Posso nunca mais acordar
Se mal governam o meu país
Tenho que me resignar
Se falam mal de mim
Deixá-los, cansar-se-ão
Se nos roubarem, formarei uma comissão
Realizarei um inquérito
E a respectiva investigação
Se agredirem um polícia
Este deverá ter o valor
De não se queixar do agressor
Onde se gasta demasiado,
A culpa é do orçamento desiquilibrado.
Se me encomendarem uma tarefa urgente
Tenho de classificá-la com prudência,
Entre todos os assuntos pendentes.
Se me disserem que pouco falo,
Direi que as críticas pouco me alteram o discurso
Se os "media" murmurarem,
Direi que não leio, não ouço.
Raro vejo televisão, raro leio jornais
Pelo que não posso responder
E dou um doce a quem adivinhar
Quem me disse todos os "ses" anteriores.
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